A Operação Navalha e o financiamento público de campanha
Mesmo diante de indícios aparentemente comprometedores de envolvimento com a construtora Gautama – o ministro Tarso Genro diz que faltam apenas provas materiais -, não se deve prejulgar o ministro das Minas e Energia Silas Roondeau. No entanto, o bom senso recomenda que ele solicite afastamento do cargo para que a apuração dos fatos que o envolvem possam acontecer sem que a autoridade do cargo que ocupa, posta em questão, atinja o governo.
Os senadores Renan Calheiros e José Sarney, correligionários do ministro, já opinaram publicamente nesse sentido. O vice-presidente da República, José Alencar, pronunciou-se na mesma direção.
A julgar pelo que tem vindo à tona, a chamada Operação Navalha revela uma teia complexa de relações no mínimo inadequadas entre a citada empresa e autoridades públicas dentre os três entes federativos, em vários estados. Seria mais um exemplo do quanto é nefasto para as instituições – e para o bolso do contribuinte – o sistema atual de financiamento privado de campanhas eleitorais.
Resta saber se os grandes partidos que controlam o Congresso Nacional se sensibilizam para a correta e oportuna proposição do financiamento público das campanhas, que em muito contribuiria para aplastrar a promiscuidade entre empreiteiras e detentores de cargos públicos, no executivo e no legislativo.
Um comentário:
Os políticos dospartidos conservadores não querem o finaciamento público porque eles tiram prpoveito também pessoal da ajuda financeira de empresas, éssa é a verdade.
Henrique
Postar um comentário