Da Agência Brasil:
Projeto de inclusão digital deve conectar 15 quilombos de sete estados até julho
. As comunidades quilombolas relembram esta semana a abolição oficial da escravidão no Brasil. Passados 119 anos, os descendentes de africanos querem reconhecimento e regularização de terras tradicionais, mas também buscam formas de comunicar-se diretamente com o mundo, sem intermediários.
. Até julho, em parceria com o governo, os quilombolas esperam concluir um programa de inclusão digital iniciado em 2003. Segundo o diretor da Casa de Cultura Tainã, em Campinas (SP), Antonio Carlos Silva, estão previstos pontos de comunicação em 15 quilombos situados em áreas isoladas de sete estados. Outros doze pontos devem funcionar em comunidades urbanas.
. O programa de inclusão digital de comunidades quilombolas surgiu a partir de um convênio com o Ministério das Comunicações. O governo tem investido entre R$ 200 mil a R$ 300 mil anuais para a instalação dos pontos, que permitem uma série de formas de comunicação, como rádio, telefonia fixa (por meio de "orelhões") e computadores. Dos 15 quilombos incluídos no programa, sete ainda não finalizaram as instalações, segundo o diretor da Casa Tainã.
. Para ter acesso a computadores, as comunidades quilombolas contam com o auxílio de entidades públicas, como o Banco do Brasil, que faz a doação de unidades superadas tecnologicamente devido a novas aquisições. As máquinas são submetidas a uma revisão geral por especialistas de modo a torná-las mais potentes e úteis.
. Cada comunidade conta um servidor e mais dez computadores, que são usados pelos quilombolas a partir dos dez anos de idade. Considerando a população das 15 comunidades quilombolas e dos doze pontos culturais, cerca de 10 mil pessoas devem ser incluídas digitalmente.
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