De Audisio Costa sobre o meu artigo Obra de engenharia política (ver o texto em postagem anterior): É indiscutível que a gestão democrática é das mais difíceis pela sua complexidade de atender as diferentes concepções de administração pública e ter correlação de força que possa sobreviver as correntes de oposição.
Num sistema democrático é essencial que a população entenda as diversidades de concepções ideológicas em jogo. Só assim pode escolher aquela que melhor atende à maioria da população. Eu disse maioria. Sempre vamos ter os contras. A sociedade é plural. Mas é fundamental que todas as correntes políticas que não se opõem, mas se diferenciam, expressem seu pensamento em determinado momento, até para que num segundo, quando se torna necessário sua unidade, saibamos em que proposta esta se deu. Qual o projeto de unidade, que garanta a convivências dos diferentes.
O instrumento do segundo turno foi criado dentro desta perspectiva. Temos que aprofundar o debate político de concepção ideológica de Estado. Num processo eleitoral, isto é facilitado pela massificação do debate nas diversas formas de comunicação. Pelo clima coletivo de interesse despertado no processo eleitoral, que de certo modo leva a que todos, de forma mais ativa ou não, participem do processo de discussão política.
No segundo turno, já com definição do grau de correlação de força política, se articula a nova composição política, dentro de um programa de ação que possa unir aqueles que concordem com o projeto de gestão. Assim, unindo os que embora diferentes não são antagônicos. É neste processo de engenharia política que se avança na construção da nova sociedade, que em nosso entender deve visualizar uma sociedade socialista, construída com a participação de todos.
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