João da Costa e o desafio da eficiência administrativa
Luciano Siqueira
Cedo para saber se dará certo – embora tudo indique que trará bons resultados. Mas não é cedo para aplaudir a iniciativa do prefeito João da Costa ao implantar nova ferramenta de controle sobre a ação de governo – a mesma que o governador Eduardo Campos adotou, com significativo êxito.
Quem escreve essas linhas está longe de se arvorar em especialista na matéria. Apenas um aprendiz da gestão pública, sim, mercê dos oito anos de exercício do governo municipal ao lado do prefeito João Paulo. Por isso, para que o leitor compreenda o meu entusiasmo com a possibilidade de incremento de mecanismos mais ágeis de monitoramento da gestão, assinalo que uma vez definidas linhas de ação, projetos e programas, e alocados os recursos disponíveis ou a conquistar, “governar é controlar”.
A seu modo e a seu tempo, João Paulo comprovou isso. Uma das variáveis do êxito administrativo e político foi a sua capacidade de segurar as rédeas do governo – sobretudo da execução orçamentária – mediante duro e instigante aprendizado.
O que João da Costa faz agora não nega a experiência do antecessor. Mas dá um passo adiante no sentido de exercer o monitoramento das ações de governo, digamos, coletivo, apoiado em mecanismos e procedimentos que dão conta do diagnóstico da situação, da definição da estratégia, do monitoramento e da avaliação dos resultados.
A resultante há que ser o acompanhamento rigoroso das prioridades, com foco em dez objetivos estratégicos que funcionarão como vetores de um desempenho que se pretende integrado e referenciado no tempo e no espaço: onde o governo age, de que modo deve buscar alcançar os seus objetivos, como efetivamente está atuando e que resultados e em que prazos podem, devem e de fato estão sendo produzidos.
Há quem critique o prefeito por haver tomado essa iniciativa agora, completado o primeiro ano da gestão. Bobagem. Sempre é oportuno tentar aprimorar o trabalho em curso. E isso acontece com todo governo. Lidar com a chamada máquina pública não é simples, implica em arrostar obstáculos, trabalhar com uma gama de variáveis que ajudam ou atrapalham.
Demais, quando se coteja o monitoramento proposto com o Programa de Governo e o PPA (Plano Plurianual), percebe-se uma enorme sintonia. As coisas se encaixam, fazem sentido – pelo menos é o que pude recolher numa reflexão realizada com José Bertotti, secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, e Clodoaldo Torres, presidente de Sanear (autarquia de saneamento) e alguns dos seus auxiliares diretos, integrantes do PCdoB.
Agora é acompanhar para ver. E torcer para que a nova ferramenta de monitoramento e gestão propicie bons resultados – para o bem da cidade.
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