É GUERRA. O APAGÃO FOI UM ATENTADO VISANDO 2010
Sérgio Augusto Silveira*
O próprio presidente Lula foi quem deixou claríssimo, logo de cara, o que vê como o verdadeiro significado do gigantesco apagão acontecido há uma semana no Sudeste, Sul, parte do Nordeste e Centro-Oeste do Brasil. Esse fato ainda vai render muito daqui para frente. Pois bem, ao repelir violentamente a versão de que a culpada pelo apagão foi a natureza com seus raios e vendavais, o presidente da República mostrou que uma boa fatia da equipe que dirige o PT e este país se convenceu e está segura de que aquele black-out foi um atentado, cometido pelos maus elementos a serviço do bloco político inimigo radical deste governo.
Para esta enorme ala governista, que tem como figura de proa a ministra Dilma Roussef, lideranças do partido Democratas e aliados de outras siglas prepararam e mandaram seus esbirros executar o atentado. Estes, avaliam estes governistas, acreditam que, para derrubar a gigantesca popularidade do presidente Lula e seu governo, o único caminho possível é a ação clandestina e violenta, capaz de quebrar as pernas desta administração que já vai completar oito anos, enfrentou a atual crise do capitalismo e está se saindo bem.
Por essa os oposicionistas – integrantes de partidos ou fora deles – realmente não esperavam. As informações que me chegaram revelam que eles estavam torcendo pelo pior, rezando para que essa crise detonasse as vigas de sustentação deste governo e que tudo fosse para o inferno. Imaginavam – e continuam imaginando – que a partir das cinzas e ruínas retomariam o poder central e que tudo retornasse ao que era antes no quartel de Abrantes, aliás, na casa da mãe Joana.
Liquidada essa perspectiva sombria e homicida, os radicais anti-Lula e antiesquerda passaram para o plano B, dispostos a desarrumar a casa-pátria com a utilização até de atentados, como me informou uma fonte segura e de confiança. Portanto, o black-out gigantesco não foi fruto da mão de Deus ou da natureza. Foi premeditado, bem calculado para acertar uma flechada venenosa na imagem da futura candidata presidencial e ex-ministra das Minas e Energia.
Portanto, daqui em diante não haverá chance para os governistas baixarem a guarda. Se as informações que temos estiverem certas, vem por aí outro ataque destruidor, e depois outro e mais outro. Está no ar o clima de extrema confrontação, o clima de guerra. Na violenta disputa pelo poder político, essa atmosfera não é de estranhar, haja vista o que dizem e ensinam os episódios de nossa História nacional, a exemplo do golpe do Estado Novo e do golpe de 1964. Parece que o atual processo caminha para algo parecido. Ou não?
* Jornalista
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