No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
O que vem por aí
À exceção do imponderável e das eleições de outubro próximo, é possível afirmar que o perfil de 2010 já se encontra razoavelmente traçado em suas linhas gerais. Quer dizer, do fundamental ainda não se sabe nada porque isso não é coisa para adivinhação.
Mas há sim algumas tendências que já foram esboçadas no transcorrer do ano que passou. Por exemplo, não havendo uma catástrofe financeira mundial o Brasil deverá crescer esse ano por volta de 6% o que significará uma grande expansão industrial e geração de emprego e renda.
O mercado interno, seguindo essa tendência, irá se fortalecer ainda mais provocando uma grande expansão do consumo em todas as faixas sociais, que por sua vez vai aquecer as vendas do comércio, o que vai intensificar o aumento da produção industrial.
O País assistirá dessa forma o crescimento, em alguns milhões, de postos de trabalho, de empregos formais com carteira de trabalho assinada, que é a melhor maneira de se constatar o crescimento efetivo da nação.
Em uma nação de desigualdades sociais extremadas e seculares a ação efetiva do Estado nacional nas camadas mais miseráveis da população através de políticas públicas, como o bolsa família e outras, continuará produzindo resultados extremamente positivos além de injetar milhões de reais na economia como um todo.
Crescerá mais ainda o peso do Brasil na arena internacional, fortalecendo a sua liderança na América Latina e entre as nações emergentes do planeta, principalmente China, Índia, Rússia, com a vantagem de possuir reservas energéticas limpas praticamente inesgotáveis, ausência de problemas étnicos ou separatistas de qualquer espécie e a inexistência de conflitos de fronteiras, latentes, agudos ou crônicos.
O ano de 2010 encontrará uma nação com altos índices de auto-estima em decorrência do sentimento e convicção mesmo de que as coisas estão dando certo, o País está crescendo. Há uma visão geral de que tudo está em permanente movimento e febril construção.
O povo brasileiro, aquele povo definido por Darcy Ribeiro como “mestiço que é bom”, está emergindo como protagonista principal da nação, cada vez mais com cara e cor de mestiço, com sentimento e identidade de mestiço, com o jeitão de dá licença que eu vou à luta. E é uma tendência irreversível.
A próxima década será testemunha de uma nação em acelerado desenvolvimento e em impaciente revolvimento.
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