No ato público ocorrido hoje em Olinda, quando o presidente Lula assinou convênios com as prefeituras da Região Metropolitana do Recife e da cidade de Palmares, situada na Zona da mata Sul, para retirada de favelados e construção de casas, no montante de R$ 74 milhões, foi possível observar, de cima do palanque oficial, a fisionomia marcante de centenas de pessoas que se comprimiam na platéia. Rostos maltratados pela dor e pela fome, porém tomados de uma emoção difícil de descrever. Esperança, alegria, orgulho diante de um dos seus, o próprio presidente, nascido menino pobre no Agreste pernambucano, hoje chefe da Nação. Algumas mulheres, durante o seu discurso, ouviam com as mãos juntas como que numa postura de prece. O presidente respondeu aos recentes ataques feitos a ele por adversários políticos, entre os quais o senador José Jorge (PFL-PE), que o acusou anteontem de “beber demais”. Disse o presidente: “As respostas que nós temos que dar para esses que transmitem ódio todo dia é transmitir mais carinho, é trabalhar mais, é a gente mostrar mais amor com o povo deste país, é a gente mostrar mais alegria, porque, na verdade, o que eles estão torcendo é que a gente fique nervoso e faça o jogo rasteiro que estão fazendo. E eu não vou fazer porque o povo não merece isso, o povo merece respeito, o povo merece ser tratado com dignidade, e é por isso que eu estou aqui hoje. Onde eles estão? Eu estou aqui no meio de vocês.” |
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
16 junho 2006
Lula e o povo de Olinda
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