A condição de cidadão honorário de Pernambuco nos faz refletir sobre a trajetória, na terra de Frei Caneca, deste norte-riograndense que chegou aqui ainda adolescente. E põe em relevo o conceito de pernambucanidade, tão bem sintetizado por Manuel Correia de Andrade:
“Idéia que foi produzida em cinco séculos de história, quando os pernambucanos, enfrentando os mais diversos desafios, souberam reagir e construir o seu futuro. E pernambucanidade não é uma formação linear, ela é dialética: assim, no momento da invasão portuguesa (século XVI) a pernambucanidade estava presente na luta de Duarte Coelho Pereira, convencido da necessidade de construir uma nação; estava presente na reação do indígena, defendendo as suas terras e a sua cultura da ambição de conquista do invasor; no século seguinte ela estava presente quando o holandês procurava conquistar as terras do açúcar e que teve em Nassau o grande estadista que procurava integrar duas sociedades que se hostilizavam; estava no heroísmo de um Matias de Albuquerque, defendendo a Capitania contra a invasão batava, estava nos heróis da Insurreição, quando procuravam expulsar o invasor.”
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