A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine.
[Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
03 dezembro 2006
Bom dia, Juareiz Correya
temporada
a minha dor
continua em cartaz
todos os dias
com apresentações ininterruptas
inclusive
nos domingos e feriados
2 comentários:
Anônimo
disse...
Bom dia, Luciano Siqueira
"Angina de peito" Nazim Hikmet
Se metade do meu coração está aqui, doutor, A outra metade está na China, No exército que desce em direcção ao Rio Amarelo.
E depois, todas a manhãs, doutor, O meu coração é fuzilado na Grécia.
E depois, quando os prisioneiros mergulham no sono, quando a calma regressa à enfermaria, O meu coração parte, doutor, todas as noites parte para uma casa velha de madeira em Tchamlidja.
E depois, já faz dez anos, doutor, que nada tenho nas mãos para oferecer ao meu pobre povo, só uma maçã, uma maçã vermelha:o meu coração.
É por isso, doutor, e não por causa da arteriosclerose, da nicotina, da prisão, que tenho esta angina de peito.
Olho a noite por entre as grades e apesar de todas as paredes que me pesam no peito, O meu coração bate ao ritmo da estrela mais longínqua.
2 comentários:
Bom dia, Luciano Siqueira
"Angina de peito" Nazim Hikmet
Se metade do meu coração está aqui, doutor,
A outra metade está na China,
No exército que desce em direcção ao Rio Amarelo.
E depois, todas a manhãs, doutor,
O meu coração é fuzilado na Grécia.
E depois, quando os prisioneiros mergulham no sono,
quando a calma regressa à enfermaria,
O meu coração parte, doutor,
todas as noites
parte para uma casa
velha de madeira em Tchamlidja.
E depois, já faz dez anos, doutor,
que nada tenho nas mãos para oferecer ao meu pobre povo,
só uma maçã,
uma maçã vermelha:o meu coração.
É por isso, doutor,
e não por causa da arteriosclerose, da nicotina, da prisão,
que tenho esta angina de peito.
Olho a noite por entre as grades
e apesar de todas as paredes que me pesam no peito,
O meu coração bate ao ritmo da estrela mais longínqua.
ABROJOS - I
¡Día de dolor,
aquel en que vuela para siempre el ángel
del primer amor!
Rubén Darío, 1886
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