No Conversa Afiada, Paulo Henrique Amorim critica as opiniões do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, ao ser sabatinado ontem no Senado.
. A Bolsa de Xangai desabou e provocou uma queda violenta nas bolsas do mundo inteiro (clique aqui).
. Segundo o Wall Street Journal, que entende disso melhor do que ninguém, o estrondo se deve também à queda das encomendas de bens de consumo durável nos Estados Unidos e ao atentado ao vice-presidente americano, Dick Cheney, no Afeganistão.
. O WSJ também diz que isso pode ser um alerta sobre a fragilidade dos mercados emergentes – como o Brasil –, onde a Bolsa sobe sistematicamente há muito tempo.
. O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que se trata de uma oscilação normal e passageira (clique aqui).
. Antes fosse.
. Agora, o campeão do Festival de Besteira que assola o país (o Febeapá, do Stanislaw Ponte Preta, sempre-vivo) é o presidente do Banco Central, num depoimento no Senado.
. Disse Henrique Meirelles:
"Eu acredito que os fenômenos que estão acontecendo nos mercados mundiais a partir da noite passada... são uma boa lembrança aos mercados de que as taxas se movem em duas direções", afirmou. "Não existem movimentos unilaterais e essas apostas, se existem, podem estar erradas."
"Acho que (o comportamento dos mercados) de fato é um aviso de que nós não podemos basear a política econômica em dados de euforia momentânea. Nós temos que fazer uma política que seja sustentável a médio prazo".
. Querer justificar a política de taxa de juros com a queda da Bolsa de Xangai, francamente, só mesmo para a Comissão de Economia do Senado...
. Querer justificar o câmbio sobre-valorizado com o atentado ao vice-presidente dos Estados Unidos, francamente, só na Comissão de Economia do Senado...
. E por que não explicar assim: o Oscar de Martin Scorsese é a demonstração cabal de que a perseverança e a consistência acabam por premiar o virtuoso. Por isso, o Banco Central não muda a política, que está certa. Um dia receberemos o Oscar!!!
. Ou o presidente do Banco Central não tem como justificar a atual política, ou a política, de fato, não tem como se justificar.
. “As taxas se movem em duas direções!” Enfim, agora sabemos por que o último corte da Selic foi de 0,25 ponto e não de meio ponto. Desde Copérnico não se ouve nada tão inteligente!
. Vamos esperar para ver o que diz o Afonso Bevilaqua...
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