No Jornal do Commercio:
João da Costa critica falta de renovação política
. Aos poucos, o secretário de Planejamento Participativo do Recife, João da Costa, preferido por João Paulo (PT) para sucedê-lo na Prefeitura, vai dando tom político em seus pronunciamentos públicos. Ontem, enquanto palestrava a lideranças e militantes do PCdoB sobre o Orçamento Participativo (OP), criticou a pouca renovação na política do Estado. “Política ainda é de pai para filho desde 1500. Para surgir algo novo é preciso muito trabalho. Isso é herança da casa grande e da senzala”, alfinetou.
. Ele não citou quem censurava. Avaliou que, influenciada pelo período de ditadura militar (1964-1985), a população mantém certa resistência às novas lideranças apoiadas pela base da pirâmide social, o que ele insinuou ser um preconceito. “Essas pessoas (da base) têm opinião. Não vale mais a teoria do lago (de que a classe média influenciava as de menor renda e escolaridade)”, afirmou.
. João da Costa defendeu a unidade dos aliados para a sucessão municipal de 2008, em vez da tese de mais de uma candidatura a prefeito cogitada por PCdoB, PTB e PMN. E afirmou que as alianças dos partidos de esquerda no Recife estão relacionadas com as de outras cidades. Nesse ponto ele não aprofundou o debate. Mas pode ter dado um recado aos demais aliados que esperam apoio do PT a seus candidatos, caso do PCdoB em Olinda e do PTB no Cabo de Santo Agostinho.
. A movimentação dos pré-candidatos de oposição e a falta de definição de um nome governista para a sucessão no Recife foram encaradas com naturalidade por João da Costa, que não vê, com isso, prejuízo aos petistas e seus aliados. “Eles (a oposição) estão fora do poder nas três esferas. O momento é para que se movimentem. O principal movimento do PT é o sucesso do governo João Paulo”, considerou.
. João da Costa foi o segundo convidado a palestrar no ciclo de debates Desafios Urbanos - Discutindo o Futuro das Cidades, promovido pelo PCdoB e coordenado pelo vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira, outro pretenso candidato a prefeito. O secretário falou do OP nos seis anos de gestão petista e colocou-o como meio de exercitar o poder local em contraponto ao “modelo hegemônico neoliberal.”
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