Governo, partido, sindicato
Governo é governo, partido é partido e sindicato é sindicato. Em certas circunstâncias, há afinidades entre governo e partido, mas não igualmente com sindicato. Em outras, partido e sindicato estão na oposição ao governo. E há ainda o caso de governo, partido e sindicato se acharem sintonizados entre si.
Os atuais governos liderados por forças de esquerda, além da sintonia com os partidos que deles participam, guardam pontos de convergência com sindicatos tendo como referência o programa de governo.
Governo Lula, por exemplo. Os sete pontos programáticos que serviram de base à reeleição do presidente contemplam no seu conteúdo essencial, bandeiras comuns também aos sindicatos, especialmente àqueles que ultrapassam os limites do corporativismo e enxergam os interesses maiores do povo e da nação, os que têm natureza classista.
Mas é preciso que os sindicatos, mesmo quando encontrem razões para apoiar o governo, mantenham a sua autonomia e a sua independência; que os governos os respeitem nessa condição; assim como os militantes dos partidos atuantes nos sindicatos não os partidarizem, preservem e respeitem os fóruns próprios de decisão do movimento.
Mas se determinado governo, pelo programa que o sustenta, é aliado do movimento sindical, deve ser tratado como aliado, mesmo em situações de conflito; jamais como inimigo. E vice-versa.
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Um comentário:
Perfeito! O que você escreveu é mais do que uma explicação, é também um alerta aos "atores" envolvidos nas greves de funcionários estaduais que acontecem agora.
Rinaldo
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