01 maio 2009

Painel de comentários

Sobre o meu artigo Partido: idéias, gestos, atitudes, comentários recebidos por e-mail:
Sempre tenho o maior prazer em ler as suas idéias e reflexões. Nelas, me sinto contemplada de forma emocional e intelectual dentro do percurso reflexivo como socióloga, e, dentro das observações cotidianas vividas historicamente na resistência a exploração e todo tipo de miséria gerada por esse capitalismo.

Talvez eu seja um desses exemplos de pessoa que resistiu ativamente a ditadura, ajudou a criar novos partidos políticos e lideranças, e, no final das contas, optei mesmo por uma atitude educativa ou educadora muitas vezes, como o bastião do pensamento livre que sempre se coloca na vanguarda das transformações micro e macro estruturais.

Hoje, não sou de nenhum partido político, não professo fé em nenhuma bandeira, embora reconheça meus pares nas pessoas e instituições que ainda tem a coragem (no mínimo verbal) de ser a diferença da mesmice que tomou conta da política brasileira com algumas exceções.
Considero altamente pertinente um partido como o PC do B, com sua história de resistência e luta no Brasil, num momento de crise também ética, rever e se destacar no cenário nacional, não como o guardião da nova moral do proletariado ou algo parecido, porém, buscando se apoiar em valores que sirvam para todo ser humano, independente de sua classe social ou ideologia confessa. (Rivaneide Nogueira).
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Sua análise está consistente. Ela tem mesmo o teor do título: Idéias, Gestos e Atitudes. Muito boa, parabéns. Outro assunto: Sugiro alguns assuntos como contribuição para apresentação à tribuna da CMR, relativos ao mês de Maio, entre outros da sua pauta. 1º) 01.05.54 - Completará 53 anos. Getúlio, em seu último 1º de maio, dobra o Salário Mínimo e diz aos trabalhadores, em Petrópolis: "Hoje estais com o Governo. Amanhã serás o Governo”. 2º) 08.05.64 - Completará 43 anos. A ditadura rompe relações com Cuba 3º) 09.05.68 - Completará 41 anos. Noite de Barricadas em Paris. A agitação estudantil de 68, ganha tons de insurreição. Estes e outros assuntos estão na "Linha do Tempo" no Portal Vermelho. Para um aprofundamento basta pedir a Assessoria para ampliar, se for o caso. Getúlio e os trabalhadores; A ditadura, seu rompimento com Cuba e atualmente os gestos de Barack Obama; O ano da França no Brasil, talvez possam dar mais assuntos para a sua ascendente universalização, tratando do Recife, do Brasil e do mundo. Destacando os diversos embates sociais, econômicos e políticos de 68. (Fernando Paz).
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Este seu artigo aborda um tema da maior importância, que nem sempre é tratado como tal. Existe democracia sem partidos políticos e sem um sistema de representação social? Não. Nosso país vem de um sistema colonizado durante mais de três séculos, onde os dominantes usurpavam nossas riquezas, das formas as mais absurdas, inclusive com a garantia do sistema de escravidão, para produção mais barata. Os detentores do poder não o deixam por que querem. Saem quando o povo organizado e consciente os retira. Isto é uma luta e os partidos políticos são seus instrumentos. É fundamental saber que existem dois lados: os que querem continuar a colonização, de forma mascarada explorando intensamente a classe trabalhadora, e aqueles que lutam por uma sociedade justa,fraterna e solidária, um país soberano. Aí está o centro da mídia ao confundir ética e política. Roubar, mais sofisticadamente chamado de corrupção (quem rouba é pobre) não é ato político em sua essência, mas ético. Não há nos estatutos partidários que em seus princípios esteja a corrupção. Tal se concretiza em atos de participantes destes na construção da sociedade de injustiças e privilégios, em prejuízo da classe trabalhadora. A mídia faz seu papel, pois pertence ao poder econômico e assim o faz para confundir todos de boa vontade, com o objetivo de se perpetuar no poder, uma vez que têm consciência de que a maioria dos votos está com os trabalhadores. É preciso confundir os trabalhadores, para com uso do poder econômico, eleger seus representantes, e com gestos e ação, no Congresso Nacional, nas Assembléias Legislativas e Câmara de Vereadores ou nas diferentes esferas do executivo, manter seus privilégios. O difícil é a compreensão que precisa se ter em separar o joio do trigo no processo eleitoral. Isto requer consciência de que estado queremos: o de bem estar social, socialista ou o capitalista, concentra dor de renda e conseqüente geração de miséria e violência. Eis a questão! (Audísio Costa).
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Encontrar um político que seja respeitado pela população é ema grande raridade. A situação chegou a uma fase muito crítica e cada vez surge mais histórias de desmandos e enriquecimento ilícito com o dinheiro público e com vantagens em processos que envolvem recursos públicos. Recuperar a credibilidade será uma difícil tarefa. Temos que manter a esperança nas raríssimas exceções. (Melquides Pereira).
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Acabei de ler a pauta do Congresso do PCdoB em novembro próximo: achei excelente e com temas atuais e oportunos. Enfatizo alguns temas não por ordem de importância:1) A democratização dos meios de comunicação já, (de olho nas próximas eleições); 2) A "bandeira da moralidade nas coisa publicas" (sendo usurpada pela grande mídia - TV + Imprensa + radio, ou seja, por trás os partidos de oposição disfarçados); 3) A analise da crise do capitalismo mundial e suas repercussões nos países emergentes; 4) A questão ambiental (deterioração acelerada) como processo do capitalismo espoliador;5) A grande questão da sempre proteladas reformas política e do sistema financeiro.Acrescentaria uma opinião já formada: considero hoje o Poder Judiciário como o mais pernicioso {tenho um filho advogado especializado em Direito Empresarial e mestrado em Direito da Tecnologia da Informação, leia-se Internet,TV., radio, etc. no UK (com proposta para o modelo brasileiro) este assunto se prestaria para o tema inicial da mídia}, pois está decidindo temas que seriam do Poder Legislativo, além da manipulação política descarada quando implica pessoas de grande poder econômico. Tem uma estrutura arcaica, nenhum pais moderno tem esse modelo de juízes eternos e nomeados pelo executivo.

Este ultimo tema é talvez o mais delicado, pois me lembra um provérbio chinês:" Não trate mal o guarda da ponte, ele tem uma espada na mão"; pois é, os juízes do STJ e STF, cada um tem uma espada na mão. E o pior, a Justiça não é cega como lembra o seu símbolo clássico, mas caolha, com um olho seleciona aquilo que lhe interessa, claro pelo olho bom...Mas há que se ter muito cuidado nesse tema, pois na situação atual não se pode cutucar a onça com vara curta...Todavia temos um grande jurista que pode dar uma grande contribuição: o Prof. DALMO DALLARI, da USP. Ele sabe o que diz, quando na época que Fernando. Henrique ia nomear o Gilmar Mendes e escreveu um longo artigo publicado salvo engano no Jornal do Brasil, advertindo o presidente do risco de nomear esta figura tão midiática... Ele foi até magnânimo e ponderado até demais, ao comentar o recente bate-boca entre Mendes e o juiz Bezerra. Hoje, estamos vendo o quanto ia tinha razão. (Tadeu Colares).

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