No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Soberania em Belo Monte
A crítica do vice-presidente da República José de Alencar ao cineasta norte-americano James Cameron sobre suas declarações contrárias à construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, foram extremamente procedentes.
O diretor de Avatar declarou que é contra a construção da hidrelétrica e que vai procurar o Senado dos EUA com o objetivo de pressionar o Brasil. Resta saber se ele também irá convocar a sétima cavalaria sob o comando do general Custer que depois de trucidar quase todas as tribos indígenas dos EUA deve ter ficado sem emprego não se sabe ao certo em qual instância da eternidade.
A hidrelétrica de Belo Monte é na verdade um projeto estratégico de desenvolvimento, totalmente nacional, e será a terceira maior do mundo. Todos os estudos de impacto ambiental estão sendo feitos pelo Ministério do Meio Ambiente e o IBAMA.
É impensável que qualquer ONG ou cineasta atreva-se a fazer semelhante estardalhaço sobre qualquer projeto fundamental aos EUA em seu próprio território. Muito menos aqueles que são decisivos à sua soberania.
E quem o fizer poderá ser acusado de traição nacional se for cidadão norte-americano. Sendo estrangeiro, corre o risco de ser acusado como membro de alguma organização dita terrorista e islâmica.
Mister Cameron não deve e não pode meter-se nos assuntos internos de nenhuma nação e muito menos do povo brasileiro detentor da maior reserva florestal do mundo, ao contrário dos EUA que além de cometer genocídio dos povos indígenas, destruiu praticamente todas as suas florestas nativas. O que tem por lá mesmo é muito eucalipto replantado.
Mas o fundamentalismo ambientalista é na verdade um movimento de ONGS internacionais e filiais, inclusive brasileiras, pautadas contra o crescimento econômico e a qualidade de vida dos povos e das nações em desenvolvimento.
Que exalam um espírito de seita, intolerantes e fanáticas, fartamente financiadas, diretamente ou indiretamente, por Washington ou Londres. Fanáticas e intolerantes, mas que não rasgam dinheiro. Ou seja, fanáticas, mas sabichonas.
Além da responsabilidade indiscutível do Brasil para com a preservação do meio-ambiente, o que se encontra em jogo é o desenvolvimento do País, a melhoria constante das condições de vida do seu povo e acima de tudo a luta permanente em defesa da soberania nacional sempre ameaçada.
Um comentário:
mas Luciano, pra que(m) esse desenvolvimento?
ninguém quer isso mais não...
existem outras alternativas para produção...
eu penso que talvez seja na parte da formação do desejo do que se quer consumir - o que está intimamente ligado à produção. Não nos pautemos pelo que eles dizem ser o desenvolvimento. Esse conceito pode ser reajustado pelo que nós quisermos. Pense no Burle. No Araguaia. Lá não se precisava de commodities internacionais, e quem disse isso foi João.
A gente não precisa acabar com tudo... pense nas praias... daqui de Recife... Olinda, na do Janga...
Pense nos Rios... Nos Mangues - inclusive no de Suape que vai ser devastado...
Pense no interior... nos agricultores... eles não precisam de commodities...
Pense na sua camisa listrada... daquele dia... na universidade...
pense nas crianças... no que elas estão aprendendo... e nos velhinhos... coitados dos que são completamente sós...
a gente precisa de mais ternura... mais amor... não de mais petróleo. O Brasil já produz muita coisa. Só não produz o certo... o que realmente precisa... e isso porque estamos fazendo para os outros... por exemplo na campanha de Fávio Dino eu fui para o Maranhão, junto com Matheus... certo momento de "folga" fiquei vendo os navios passarem... uma pessoa de lá me disse que eles iam buscar o alumínio que era produzido em Alumar... imagine o quanto de energia - como bem sabemos que o alumínio precisa para ser produzido - é desperdiçada... vira meramente mercadoria... que traz dinheiro para o país e alimenta a cadeia produtiva daquela fábrica.
Eu acho que não estamos mais nos perguntando desde quando e por quê isso é fundamental para a vida daquelas pessoas... estamos apenas fazendo a manutenção da situação e aprimorando a capacidade de reter pessoas longe da vida rural. O que é impossível...
O que achas, camarada?
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