Reforma política sem futuro
Não se deve nutrir expectativa otimista em relação à reforma política. Ninguém diz que é contra, mas pouca gente trabalha a favor de verdade. A começar dos grandes partidos.
Uma forma hábil de sabotar a reforma é fatiá-la. Lideranças as mais diversas, falando em nome dos seus partidos ou não, entram em cena defendendo um ponto da suposta reforma como se ali estivesse concentrada a essência da panaceia. Feito o senador Francisco Dornelles, do Rio de Janeiro, com a ideia de instituir um “distritão”.
Ora, mudar as regras do jogo para melhor, a vero, significa antes de tudo aditar o sistema de listas partidárias para as disputas proporcionais e o financiamento público de campanha. Fortaleceria os partidos e coibiria a promiscuidade entre grandes grupos econômicos e parlamentares e governantes. Seria o guizo no pescoço do gato. Quem topa?
Demais, se houver vontade política consistente, basta prosseguir a tramitação das propostas que já existem no Congresso nacional há anos. Começar tudo novamente é a maneira mais deplorável de fazer nada.
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