O futuro
Eduardo Bomfim, no
Vermelho
O mais danoso dos males com a Nova Ordem global, o Mercado financeiro, que capturou de forma hegemônica múltiplas organizações internacionais, tem sido a ditadura do pensamento único que se expressa através de conceitos do chamado “politicamente correto”.
O exercício desse
poder, com uma mão de ferro, é extremamente perigoso porque invisível, não tem
sede nem é eleito pelo voto de nenhum cidadão do planeta e transformou-se em um
tipo de autoritarismo sem precedentes na História contemporânea. Seria o sonho
do Reich dos mil anos que Hitler pensou mas não conseguiu executar em
decorrência da tenaz resistência dos povos durante a 2a Guerra Mundial.
Tal projeto
exerce-se via grande mídia que impõe diuturnamente uma profusão de conceitos e
versões sobre os fenômenos políticos e sociais coadunados à agenda do Mercado e
seus interesses de rapina.
O objetivo é a
ruptura das identidades nacionais, a criminalização das formas de enfrentamento
ao rentismo canibalesco, a divisão das sociedades em grupos que competem uns
contra os outros, a dissociação do bem comum que caracteriza o sentimento de
pertencimento e identidade a uma comunidade nacional.
Instalou-se o
individualismo mais pragmático de grupos ou subgrupos contra os demais
segmentos sociais que não expressam os seus próprios interesses corporativos,
constituindo-se “bolhas” de tribos atomizadas desprovidas de valores mais
avançados de uma comunidade.
A desconstrução
dos instrumentos constitutivos do Estado nação tornou-se uma prática
corriqueira visando quebrar as formas que a sociedade entende como referência
para a sua representatividade, criminalizando-as, visando torná-las abomináveis
aos olhos da população.
A crise
estrutural brasileira é parte desse intuito macabro, enquanto o patrimônio
nacional, estatal e financeiro, é dilapidado brutalmente.
Só a reconstrução
das estruturas republicanas sob novas bases podem apresentar outro rumo ao País
e à própria democracia, desfigurada, faz um bom tempo, para além da ópera bufa
do governo Temer.
O Brasil
necessita urgentemente de novos caminhos que só podem surgir através de um tipo
de estadismo e um projeto de nação que dê protagonismo e sentido fundamentais a
um grande povo que tem todas as condições de cumprir o seu destino de sociedade
original, solidária e soberana.
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