A supervendedora
Luciano Siqueira
No feriado do último dia 15, parece que boa parte da população do Recife se concentrou nas lojas de utilidades e materiais de construção, como se todos estivessem fazendo reformas em sua residências a despeito das dificuldades econômicas que comprimem o orçamento familiar.
Com toda a pressa a que cada um tem direito — ou imagina que tem.
Luci e eu queríamos apenas uma luminária em led, luz branca, para substituir a que queimou na biblioteca daqui de casa.
Seria rápido se estivesse na prateleira, ao alcance da mão.
Não estava.
Recorremos à funcionária mais próxima, sem suspeitar que seríamos atendidos por uma supervendedora!
Atenta e ágil, iniciou a busca que nos pareceu frenética.
Na tela do computador, o registro de que algumas unidades estariam acomodadas em caixas numa das imensas prateleiras.
De pronto subiu numa escada à altura das fileiras mais abaixo, sem êxito.
Rapidamente mobilizou um colega movido de uma empilhadeira. Lá no alto, nada!
Assim mesmo, ela não desiste. Busca no setor de expedição — novamente em vão.
Ao final, dando-se por vencida, pede-nos desculpa com tão cativante gentileza que resolvemos levar a luminária de luz amarela mesmo, que trocariamos por uma de luz branca instalada no quarto de hóspede.
No mínimo em homenagem à competência e simpatia de Francisca Elinete, que por deficiência auditiva, se comunica por gestos, com eficiência e leveza, na Ferreira Costa da Tamarineira.
Em nomes de ruas, homenagens enviezadas https://abrir.link/AvJIc
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