11 dezembro 2007

Crescimento x escassez de mão de obra

Rescaldo da era FHC, quando a financeirização da economia se superpunha à produção. Noticia hoje o Valor Econômico que é crescente, nas empresas brasileiras, a preocupação com a escassez de mão-de-obra qualificada, problema que, no limite, pode frear seu crescimento.

A Companhia Vale do Rio Doce, por exemplo, procurar atrair profissionais do exterior. Com presença em mais de 30 países, a multinacional fechou uma parceria internacional para mapear a disponibilidade de trabalhadores qualificados em dez países do Leste Europeu, além de Turquia e Filipinas. Esses profissionais podem atender parte de suas demandas no Brasil, onde ela estima que, em 2008, vá contratar 7 mil profissionais, sendo 500 engenheiros.

De outra parte, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e o Serviço Social da Indústria (Sesi) aumentarão em 30%, no quadriênio 2007/10, o número de matrículas em seus cursos. A meta é educar e treinar 16,2 milhões de trabalhadores e modernizar escolas e laboratórios. O investimento é de R$ 10,5 bilhões para os quatro anos, sendo que R$ 400 milhões para investimento em equipamentos podem ser antecipados pelo BNDES.

O setor de construção civil não descarta a falta de operários com a demanda das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sugeriu ao governo federal capacitar beneficiários do Bolsa Família, um universo de 45 milhões de pessoas.
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Bem que o PSDB - que se esmera em criticar o PAC e em negar a retomado do crescimento - deveria se pronunciar sobre o assunto.

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