Soneto do disparate vermelho
Um dia, pintei-me de vermelho
só para negar ao mundo
o seu azul mais profundo,
do qual não quis ser o espelho.
Também neguei o poeta
que pintara os seus sapatos
no mesmo tom insensato,
na sua matiz predileta.
Prossegui no disparate
de uma nova fantasia,
iniciando o embate,
dessa nova alegoria,
e nesse novo arremate,
reinventando a poesia.
Um comentário:
Grato mais uma vez pela publicação do meu soneto, Luciano. Grande abraço
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