Dilma enfrenta a pátria rentista: mídia uiva
Por Saul Leblon
A crise mundial instaurou a hora da verdade nessa endogamia entre o circuito do dinheiro e o da notícia. Trata-se de uma crise dos próprios fundamentos daquilo que o conservadorismo entende como sendo ‘os interesses dos mercados’. Que a mídia equipara aos de toda a sociedade.
. Uma dia de estupefação e revolta no circuito formado pelos professores banqueiros, os consultores e a mídia que os vocaliza.
. Na reunião dos Brics, na África do Sul, nesta 4ª feira, a presidenta Dilma afirmou que não elevará a ração dos juros reivindicada pelos batalhões rentistas, a pretexto de combater a inflação.
. A reação instantânea das sirenes evidencia a cepa de origem a unir o conjunto à afinada ciranda de interesses que arrasta US$ 600 trilhões em derivativos pelo planeta. . Equivale a dez voltas seguidas no PIB da Terra.
. Trinta e cinco vezes o movimento das bolsas mundiais.
. Os anéis soturnos desse garrote reúnem – e exercem – um poder de extorsão planetária, capaz de paralisar governos e asfixiar nações.
. Gente que prefere blindar automóveis a investir em infraestrutura. O Brasil tem a maior frota de carros blindados do mundo. E uns R$ 500 bi estocados em fundos de curto prazo; fora o saldo em paraísos fiscais. Carros blindados, dinheiro parado, paraísos fiscais e urgências de investimento formam a determinação mais geral da luta política em nosso tempo.
. Em Chipre, como lembra o correspondente de Carta Maior em Londres, Marcelo Justo, o capital a juros compunha uma bocarra equivalente a 67 bilhões de euros, uns US$ 90 bilhões de dólares. Três vezes o PIB. De um país com população menor que a de Campinas. A fome pantagruélica desse organismo requeria rações diárias indisponíveis no ambiente retraído da crise mundial.
. A gula que quebrou Chipre é a mesma que já havia quebrado a Espanha, Portugal, Irlanda, Islândia e alquebrado o mercado financeiro dos EUA.
. Leia o texto na íntegra http://migre.me/dTAjC
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