Eleições presidenciais, alianças estaduais e programa da disputa
Walter Sorrentino, no Vermelho
O quadro das pesquisas da disputa presidencial está relativamente congelado. Dilma tem vantagem, oscila mas a oposição não cresce. É pouco provável que isso se altere significativamente até junho-julho. Haverá a Copa Mundial, cujo efeito eleitoral é imponderável. A oposição está concentrada em desconstruir a imagem de Dilma no plano político, e a situação econômica tem, rigorosamente, pouca probabilidade de atingir os índices de Dilma.
Há dois movimentos menos visíveis que preparam a verdadeira disputa. Um é o quadro de alianças estaduais: a eleição presidencial tem autonomia relativa com respeito à disputa de governos estaduais, mas esta última constitui um esteio de sustentação daquela. O outro é a construção das mensagens programáticas com que se apresentarão as candidaturas.
No plano das alianças e sustentação estadual, o quadro geral ainda está com vários graus de indefinição nas composições a governadores e senadores. Mesmo assim, e sem toda precisão, o comportamento das forças é o seguinte neste momento.
O PT privilegiará reeleger seus quatro governadores, mas tem por centro elevar as bancadas de deputados e senadores. Apresenta-se até o momento com 12 candidatos próprios ao governo e apoiará 6 candidatos ao governo do PMDB, outros dois do PSB, e um apoio cada a candidatos do PTB, PROS e PP (possivelmente). Está indefinido no MA, GO, MT, RN e PB, mas em todos os casos predomina tendência a apoiar o PMDB, o que levaria o cômputo geral a 12 candidaturas próprias e 11 em apoio ao PMDB.
O PMDB, por sua vez, por seu caráter regionalizado e de federação, precisa eleger seus governadores, mas está tensionado pela estratégia do PT de fazer maioria na Câmara e força no Senado. Apresenta-se até o momento com situação mais fechada de apoio ao PT em MG e DF. Terá 18 candidaturas próprias ao governo. Vai disputar com PT abertamente em SP, RS, RJ, BA, MS, RR, AP, PI, PE e, a definir, no CE. No restante mesmo com candidaturas próprias estarão no mesmo campo. Confronta o PCdoB diretamente no MA, apoia o PSD em SC tendencialmente, e o PSB em PE e ES. É o mais favorecido pela coalizão com o PT.
O PSB está em outro campo. O grau de indefinição é maior, porquanto tem que compor internamente com a Rede. Precisa manter seus 5 governadores, liberando-os relativamente da campanha presidencial (exceto PE), e enfrentar o isolamento em diversos locais. Até o momento, terá 10 candidatos próprios oriundos do PSB, 5 são reeleições e mais na BA, DF, AM e GO (estes dois últimos a conferir). O apoio ao PSDB em MG e PR está definido. Em outros 9 ou 10 Estados tem indefinição interna quanto a candidaturas próprias ou apoio a outra legenda; mas é oposição no RS, CE, SE; apoia o PDT em MT e PPS (ambos em oposição a Dilma), e em TO, palanques partilhados com Aécio. É estratégia auxiliar do PSDB em SP, provavelmente CE e possivelmente outros estados; e tem acerto indireto com PT na BA e AC. Apoia o PCdoB no MA, o PMDB em RO e, tendencialmente, o PROS no RJ e o PSD em SC. Estão até agora divergentes PSB e Rede em 5 Estados.
O PCdoB está bem definido quanto à disputa do governo do MA, eleger mais senadores e bancada de deputados federais. O quadro de composição até o momento é de 11 apoios a candidatos a governador do PT, mais 1 possível (a convergência não ocorre no PI); 7 apoios a candidatos a governador do PMDB; 4 apoios a candidatos a governador do PSB e um apoio possível a candidatos a governador do PP e PROS. Duas situações estão ainda indefinidas – MT e RN. Reivindica a candidatura ao Senado no AC, CE, RS e SE, no RJ e AP. No Acre a aliança está consolidada para a candidatura.
Por ser menos visível, isso está ainda pouco valorizado e não se reflete em pesquisas. Dilma leva vantagem por sua ampla base de sustentação e de realizações de governo, mais o tempo de TV das alianças e palanques fortes e/ou variados para a campanha nos Estados. O eixo PT-PMDB domina a cena, relativamente, mesmo com disputas entre eles. O PMDB ficou estressado com o projeto do PT, arengou na luta política no Congresso visando a pressionar o governo – quis mais espaços ministeriais, ameaçou votações na Câmara, etc. O episódio Petrobras realinhou muito disso e o processo ainda está em curso. O PMDB brande, com alguma razão, condutas hegemonistas do PT – hegemonia é obrigação na política, a questão são os caminhos e métodos para tanto, e o PT não gera confiança nesse quesito. O PT não privilegia alianças à esquerda política, como vem se tornando notório no Maranhão.
A oposição mais estruturada é a do PSDB nos Estados, fortalecidos pela força do poder econômico, financeiro e midiático, arrastando parte da classe média mais bem aquinhoada. Mesmo assim, sua estrutura de sustentação e alianças não é tão forte quanto o binômio PT-PMDB como eixo de sustentação de Dilma. O PSB, por sua vez, está sem alianças fortes nos Estados (a não ser aquelas com PSDB, mas pouco favoráveis ao desempenho presidencial) e com pouco tempo de TV, além de isolado em mais de uma situação estadual.
Quando se realizarem as convenções, até 30 de junho, isso tem potencial real de alterar a situação das pesquisas eleitorais. Ao mesmo tempo, prepara a campanha de massa, pela TV e nas ruas, onde as mensagens respectivas se confrontarão. Só aí as pesquisas terão sentido finalista.
Aí entra outro componente, o projeto que cada força encarnará. As oposições já disseram a que vieram. De comum, Aécio Neves e Eduardo Campos centram ataque frontal a Dilma. Ela já foi declarada “persona non grata” pela grande mídia monopolista. Também partilham declarações bisonhas de que “manterão as conquistas sociais”, mas com um conjunto de sinalizações ao empresariado e ao mundo que as contrastam. Aliás, fazem mais campanha hoje em conciliábulos com corporações que junto ao povo.
O PSDB, concluiu sua “equipe”, parte de que a crise financeira e econômica “já está sendo superada”, principalmente nos EUA. E isso os leva a tentar retomar ofensiva no projeto para o país: forte acento da luta contra a inflação, reforçando o tripé macroeconômico vigente, para o que, mantido por suposto o câmbio flutuante, exige novo e firme ajuste fiscal, se necessário por lei, para “dar confiança” aos agentes econômicos, bem como uma reforma tributária “simplificadora do sistema” – nada a ver com progressividade dos tributos para nova onda de distribuição de renda aos assalariados. Visam a induzir nova onda de privatizações. Amarrando tudo, um realinhamento completo do país no plano externo, de modo a re-engatar o vagão na locomotiva da globalização hegemonizada pelos interesses norte-americanos.
Eles não temem “ser impopulares”, mas calam-se por completo sobre as consequências dessas medidas no que tange ao emprego, renda do trabalho e o investimento para um desenvolvimento autônomo. Fiam-se na atração de investimentos estrangeiros e no livre mercado. Lixam-se para o papel do Brasil na América do Sul e Latina, sem falar nos BRICs. No plano da negatividade, dirão que faliu a experiência do que chamam “nacional-desenvolvimentismo” e um novo ciclo se abrirá, com uma “década disputada” no ciclo progressista da América do Sul. Melhor seria dizer claro, porque em campanha não há espaços para falácias: retomar a experiência dos anos 90 e considerar o ciclo atual de doze anos um mero interregno num mundo ainda comandado pelo poderoso sistema financeiro-midiático cujo vértice está nos EUA.
Até onde o PSB largará bandeiras históricas e acompanhará tal diagnóstico está por se ver. Houve interessante divisão de trabalho: enquanto Fraga está no jogo do PSDB, Pérsio Arida formou ao lado de Campos-Marina. No campo econômico, portanto, há um vazio a ser preenchido provavelmente por caminhos conservadores. No plano político, a mensagem se restringe a dizer que “o melhor líder sou eu”; ambos, Marina e Eduardo nem tem estrutura para alterar tal sistema em direção progressista, nem propriamente tradição de Eduardo tem muito a oferecer nesse quesito.
É um debate que dificilmente será escamoteado em meio a uma polarização frontal, pela TV e em debates. Avançar ou retroceder, essa a questão.
Para o campo Dilma, se apresenta o desafio de indicar as mudanças necessárias para dar continuidade ao atual ciclo. Quanto mais se avança nas mudanças, mais complexo se torna enfrentar os gargalos do desenvolvimento travado, para que a alavanca do crescimento econômico se mova do consumo de massas para a capacidade de investimento privado e público e se alcance novo arranque no desenvolvimento. O conjunto de obras e investimentos do governo, as contas nacionais e as defesas contra as vulnerabilidades permitirão a Dilma lançar uma mensagem de nova esperança.
Em síntese muito apropriada, a questão é empreender um conjunto de reformas estruturantes, democráticas, para destravar esses rumos, enfrentar as consequências da crise econômica mundial e a contra-ofensiva dos poderosos de sempre, e afirmar uma nação autônoma e mais civilizada. Bandeiras, clareza e determinação não faltam a Dilma.
A questão é como enfrentar isso na correlação de forças do país e do mundo e sinalizar um segundo mandato. No fundo, trata-se de pactuar e repactuar politicamente os desígnios do futuro com as forças econômicas, políticas e sociais brasileiras. O mais importante é considerar que isso só pode ser feito com um projeto claro, e alinhar a esquerda política e social num grande bloco político-social que sustente rumos para uma ampla coalizão de forças. Isso sim seria Dilma e PT constituírem uma hegemonia – um projeto, liderança política de uma ampla aliança, mobilização das forças fundamentais de sustentação. Hegemonia assim não seria unipartidária, e sim mais condizente com a realidade e a história do Brasil.
O quadro das pesquisas da disputa presidencial está relativamente congelado. Dilma tem vantagem, oscila mas a oposição não cresce. É pouco provável que isso se altere significativamente até junho-julho. Haverá a Copa Mundial, cujo efeito eleitoral é imponderável. A oposição está concentrada em desconstruir a imagem de Dilma no plano político, e a situação econômica tem, rigorosamente, pouca probabilidade de atingir os índices de Dilma.
Há dois movimentos menos visíveis que preparam a verdadeira disputa. Um é o quadro de alianças estaduais: a eleição presidencial tem autonomia relativa com respeito à disputa de governos estaduais, mas esta última constitui um esteio de sustentação daquela. O outro é a construção das mensagens programáticas com que se apresentarão as candidaturas.
No plano das alianças e sustentação estadual, o quadro geral ainda está com vários graus de indefinição nas composições a governadores e senadores. Mesmo assim, e sem toda precisão, o comportamento das forças é o seguinte neste momento.
O PT privilegiará reeleger seus quatro governadores, mas tem por centro elevar as bancadas de deputados e senadores. Apresenta-se até o momento com 12 candidatos próprios ao governo e apoiará 6 candidatos ao governo do PMDB, outros dois do PSB, e um apoio cada a candidatos do PTB, PROS e PP (possivelmente). Está indefinido no MA, GO, MT, RN e PB, mas em todos os casos predomina tendência a apoiar o PMDB, o que levaria o cômputo geral a 12 candidaturas próprias e 11 em apoio ao PMDB.
O PMDB, por sua vez, por seu caráter regionalizado e de federação, precisa eleger seus governadores, mas está tensionado pela estratégia do PT de fazer maioria na Câmara e força no Senado. Apresenta-se até o momento com situação mais fechada de apoio ao PT em MG e DF. Terá 18 candidaturas próprias ao governo. Vai disputar com PT abertamente em SP, RS, RJ, BA, MS, RR, AP, PI, PE e, a definir, no CE. No restante mesmo com candidaturas próprias estarão no mesmo campo. Confronta o PCdoB diretamente no MA, apoia o PSD em SC tendencialmente, e o PSB em PE e ES. É o mais favorecido pela coalizão com o PT.
O PSB está em outro campo. O grau de indefinição é maior, porquanto tem que compor internamente com a Rede. Precisa manter seus 5 governadores, liberando-os relativamente da campanha presidencial (exceto PE), e enfrentar o isolamento em diversos locais. Até o momento, terá 10 candidatos próprios oriundos do PSB, 5 são reeleições e mais na BA, DF, AM e GO (estes dois últimos a conferir). O apoio ao PSDB em MG e PR está definido. Em outros 9 ou 10 Estados tem indefinição interna quanto a candidaturas próprias ou apoio a outra legenda; mas é oposição no RS, CE, SE; apoia o PDT em MT e PPS (ambos em oposição a Dilma), e em TO, palanques partilhados com Aécio. É estratégia auxiliar do PSDB em SP, provavelmente CE e possivelmente outros estados; e tem acerto indireto com PT na BA e AC. Apoia o PCdoB no MA, o PMDB em RO e, tendencialmente, o PROS no RJ e o PSD em SC. Estão até agora divergentes PSB e Rede em 5 Estados.
O PCdoB está bem definido quanto à disputa do governo do MA, eleger mais senadores e bancada de deputados federais. O quadro de composição até o momento é de 11 apoios a candidatos a governador do PT, mais 1 possível (a convergência não ocorre no PI); 7 apoios a candidatos a governador do PMDB; 4 apoios a candidatos a governador do PSB e um apoio possível a candidatos a governador do PP e PROS. Duas situações estão ainda indefinidas – MT e RN. Reivindica a candidatura ao Senado no AC, CE, RS e SE, no RJ e AP. No Acre a aliança está consolidada para a candidatura.
Por ser menos visível, isso está ainda pouco valorizado e não se reflete em pesquisas. Dilma leva vantagem por sua ampla base de sustentação e de realizações de governo, mais o tempo de TV das alianças e palanques fortes e/ou variados para a campanha nos Estados. O eixo PT-PMDB domina a cena, relativamente, mesmo com disputas entre eles. O PMDB ficou estressado com o projeto do PT, arengou na luta política no Congresso visando a pressionar o governo – quis mais espaços ministeriais, ameaçou votações na Câmara, etc. O episódio Petrobras realinhou muito disso e o processo ainda está em curso. O PMDB brande, com alguma razão, condutas hegemonistas do PT – hegemonia é obrigação na política, a questão são os caminhos e métodos para tanto, e o PT não gera confiança nesse quesito. O PT não privilegia alianças à esquerda política, como vem se tornando notório no Maranhão.
A oposição mais estruturada é a do PSDB nos Estados, fortalecidos pela força do poder econômico, financeiro e midiático, arrastando parte da classe média mais bem aquinhoada. Mesmo assim, sua estrutura de sustentação e alianças não é tão forte quanto o binômio PT-PMDB como eixo de sustentação de Dilma. O PSB, por sua vez, está sem alianças fortes nos Estados (a não ser aquelas com PSDB, mas pouco favoráveis ao desempenho presidencial) e com pouco tempo de TV, além de isolado em mais de uma situação estadual.
Quando se realizarem as convenções, até 30 de junho, isso tem potencial real de alterar a situação das pesquisas eleitorais. Ao mesmo tempo, prepara a campanha de massa, pela TV e nas ruas, onde as mensagens respectivas se confrontarão. Só aí as pesquisas terão sentido finalista.
Aí entra outro componente, o projeto que cada força encarnará. As oposições já disseram a que vieram. De comum, Aécio Neves e Eduardo Campos centram ataque frontal a Dilma. Ela já foi declarada “persona non grata” pela grande mídia monopolista. Também partilham declarações bisonhas de que “manterão as conquistas sociais”, mas com um conjunto de sinalizações ao empresariado e ao mundo que as contrastam. Aliás, fazem mais campanha hoje em conciliábulos com corporações que junto ao povo.
O PSDB, concluiu sua “equipe”, parte de que a crise financeira e econômica “já está sendo superada”, principalmente nos EUA. E isso os leva a tentar retomar ofensiva no projeto para o país: forte acento da luta contra a inflação, reforçando o tripé macroeconômico vigente, para o que, mantido por suposto o câmbio flutuante, exige novo e firme ajuste fiscal, se necessário por lei, para “dar confiança” aos agentes econômicos, bem como uma reforma tributária “simplificadora do sistema” – nada a ver com progressividade dos tributos para nova onda de distribuição de renda aos assalariados. Visam a induzir nova onda de privatizações. Amarrando tudo, um realinhamento completo do país no plano externo, de modo a re-engatar o vagão na locomotiva da globalização hegemonizada pelos interesses norte-americanos.
Eles não temem “ser impopulares”, mas calam-se por completo sobre as consequências dessas medidas no que tange ao emprego, renda do trabalho e o investimento para um desenvolvimento autônomo. Fiam-se na atração de investimentos estrangeiros e no livre mercado. Lixam-se para o papel do Brasil na América do Sul e Latina, sem falar nos BRICs. No plano da negatividade, dirão que faliu a experiência do que chamam “nacional-desenvolvimentismo” e um novo ciclo se abrirá, com uma “década disputada” no ciclo progressista da América do Sul. Melhor seria dizer claro, porque em campanha não há espaços para falácias: retomar a experiência dos anos 90 e considerar o ciclo atual de doze anos um mero interregno num mundo ainda comandado pelo poderoso sistema financeiro-midiático cujo vértice está nos EUA.
Até onde o PSB largará bandeiras históricas e acompanhará tal diagnóstico está por se ver. Houve interessante divisão de trabalho: enquanto Fraga está no jogo do PSDB, Pérsio Arida formou ao lado de Campos-Marina. No campo econômico, portanto, há um vazio a ser preenchido provavelmente por caminhos conservadores. No plano político, a mensagem se restringe a dizer que “o melhor líder sou eu”; ambos, Marina e Eduardo nem tem estrutura para alterar tal sistema em direção progressista, nem propriamente tradição de Eduardo tem muito a oferecer nesse quesito.
É um debate que dificilmente será escamoteado em meio a uma polarização frontal, pela TV e em debates. Avançar ou retroceder, essa a questão.
Para o campo Dilma, se apresenta o desafio de indicar as mudanças necessárias para dar continuidade ao atual ciclo. Quanto mais se avança nas mudanças, mais complexo se torna enfrentar os gargalos do desenvolvimento travado, para que a alavanca do crescimento econômico se mova do consumo de massas para a capacidade de investimento privado e público e se alcance novo arranque no desenvolvimento. O conjunto de obras e investimentos do governo, as contas nacionais e as defesas contra as vulnerabilidades permitirão a Dilma lançar uma mensagem de nova esperança.
Em síntese muito apropriada, a questão é empreender um conjunto de reformas estruturantes, democráticas, para destravar esses rumos, enfrentar as consequências da crise econômica mundial e a contra-ofensiva dos poderosos de sempre, e afirmar uma nação autônoma e mais civilizada. Bandeiras, clareza e determinação não faltam a Dilma.
A questão é como enfrentar isso na correlação de forças do país e do mundo e sinalizar um segundo mandato. No fundo, trata-se de pactuar e repactuar politicamente os desígnios do futuro com as forças econômicas, políticas e sociais brasileiras. O mais importante é considerar que isso só pode ser feito com um projeto claro, e alinhar a esquerda política e social num grande bloco político-social que sustente rumos para uma ampla coalizão de forças. Isso sim seria Dilma e PT constituírem uma hegemonia – um projeto, liderança política de uma ampla aliança, mobilização das forças fundamentais de sustentação. Hegemonia assim não seria unipartidária, e sim mais condizente com a realidade e a história do Brasil.
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