O Brasil
Eduardo Bomfim, portal Vermelho
Estamos diante de um quadro de crise geral, agravada pelas políticas recessionistas do governo Temer de ajustes fiscais, paralisia da atividade econômica, gerando até o momento 13 milhões de desempregados, empresas quebradas, desespero de famílias etc.
Tudo para trazer a inflação para “dentro da meta”, favorecer os
rentistas enquanto o país avança a passos acelerados para o fundo do poço, já
que ainda não chegamos lá.
Além disso o governo aumenta o sacrifício no mundo do trabalho
modificando ferozmente as regras previdenciárias, aumentando a contribuição
previdenciária, a idade mínima para as aposentadorias, sem falar nas
iniciativas de vender empresas que representam patrimônio do Estado nacional.
Sabe-se igualmente que o objetivo é o desmantelamento do sistema público
de saúde, a brutal precarização das conquistas trabalhistas adquiridas ao longo
de muitas lutas, encetadas por governos nacional desenvolvimentistas cuja
referência mais emblemática foi o período da revolução de 1930 com Getúlio
Vargas e daí por diante.
Como afirma corretamente o empresário, escritor, analista de economia e
política André Araújo, a gestão Temer sobressai pela adoção de um curso
vicioso, jamais de uma estratégia econômica virtuosa.
Cuja linha assemelha-se à adotada pelos burocratas na União Europeia com
trágico retrocesso econômico, social, industrial, para beneficiar a banca
financeira ávida de mais lucros em época de crise.
É visão tão superada que nem os Estados Unidos continuam a adotá-la após
a bancarrota do crash de 2008 que levou o mundo à pior debacle sistêmica desde
a grande crise de 1929-1930. Temer além de subserviente, sua orientação é tão
retrógrada que chega a ser mais realista que o rei. Só é útil ao rentismo e
ponto.
A globalização que sofre a contestação efetiva em todo mundo já provou
que só serve para enriquecer 1% de biliardários e levar à miséria os povos.
Como se disse, é o único argumento pró globalização que resiste, noves fora a
“bolha autista” e reacionária da grande mídia-empresa global associada ao
Mercado.
O Brasil precisa seguir a linha da economia viva, dinâmica, produtiva,
valorização do trabalho, a criatividade singular do seu povo, reconstruir a
unidade social defenestrada por manobras geopolíticas desestabilizadoras,
reafirmar a soberania ameaçada.
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