Ciência depreciada
O orçamento
de 2017 para ciência apresenta um enorme corte que precisamos reverter, escreve
Soraya Smaili na CartaCapital.
Não é necessário muito para
verificarmos que entre os temas mais importantes da atualidade na área
científica estão os estudos para o desenvolvimento de vacinas e medicamentos
para cura ou tratamento das doenças que assolam a humanidade, as pesquisas genômicas
com o objetivo de entender e curar doenças atualmente incuráveis (cada vez mais
frequentes), como o câncer ou o Mal de Alzheimer.
Há também os grandes avanços em
informática e comunicação, como as novas metodologias 5D, a nanotecnologia e os
novos materiais que podem substituir a pele humana e outros tecidos, além das
fantásticas descobertas sobre a origem da espécie, a origem e a observação para
a compreensão do universo.
Cada vez mais as grandes potências
investem em ciência e tecnologia, bem como nas grandes áreas, dentre estas, os
estudos sobre câncer, envelhecimento, segurança alimentar, energias renováveis,
água e qualidade de vida.
Toda nossa inteligência e capacidade
interdisciplinar têm se voltado para estes assuntos dentre outros tão
importantes, mas que visam atingir maior qualidade de vida ou a conservação da
espécie.
No Brasil, não foi diferente. Nosso
sistema de ciência e tecnologia se desenvolveu ao longo de todo o século XX,
embora os investimentos tenham sido sempre menores do que a nossa necessidade
populacional e de desenvolvimento.
Mesmo assim, houve grandes avanços na
área da Medicina, Física, Antropologia, Geografia, Astronomia e Sociologia.
Não raro, cientistas brasileiros
figuram entre os maiores e mais proeminentes do mundo, apesar da falta de
condições favoráveis para o desenvolvimento de pesquisas, que vão desde de
poucos recursos até a falta de pessoal ou de infraestrutura.
O cientista brasileiro é antes de tudo um malabarista,
que se destaca por sua simplicidade criativa, capacidade de interagir e
compartilhar, aliada a uma invejável interdisciplinaridade natural.
Uma pesquisa recente mostrou que alguns
dos cientistas brasileiros têm excelente destaque nas áreas de novos materiais
e Biomedicina, segurança alimentar e metabolismo, na Medicina em diversas áreas
e na Física, particularmente a climática e ambiental.
Por outro lado, um artigo recente
mostrou o quanto projetos importantes para o país, como os avanços em terapia
fotodinâmica na cura do câncer de pele, o funcionamento de um importante
computador capaz de analisar a estrutura do zika vírus, os estudos com
os animais da Amazônia e os equipamentos que analisam e exploram o mar costeiro
brasileiro sofrem com a falta de recursos para manutenção das pesquisas.
Atualmente, em nosso país, muitas áreas
se destacam com brilhantismo.
Entre elas, os estudos sobre a origem
da vida e da espécie humana, a interface entre homem e máquina, que ajudam
deficientes físicos, a Física Quântica e de partículas que podem gerar energia,
o desenvolvimento das células tronco para a regeneração celular e tratamento de
doenças, a obtenção de novos medicamentos, assim como de novos materiais, como
sintéticos.
O Brasil também se destaca fortemente
nos transplantes de órgãos, assim como nos estudos dos distúrbios do sono, do
abuso de drogas, o desenvolvimento de novas sementes e insumos, na robótica
para diversos usos, na irrigação e agronomia e, de forma impressionante, na
área da aviação.
Boa parte dessas pesquisas geram
produtos, melhoria da condição social e humana, além de desenvolvimento
econômico em larga escala.
Sem ciência, não teremos solução. Seremos apenas
os compradores e reprodutores da tecnologia alheia, pagaremos caro por isso e
não sairemos da condição subordinada.
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