Que venham boas
flores do recesso
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Começa o recesso parlamentar. Quase um mês de calmaria? Certamente não. A crise segue e a tormenta de Temer também.
Em cenário político convulsivo, como o de agora, nunca as férias parlamentares do meio do ano contribuíram para esfriar ânimos e amainar contradições. Muito ao contrário.
Começa que os parlamentares estarão em contato mais direto com as suas bases. Provavelmente sob pressão, em razão do agravamento das consequências sociais da crise.
Daí porque Michel Temer e seu grupo preferiam que a votação em plenário da autorização para processar o presidente acontecesse logo agora.
Também por essa razão não apenas com os deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, aliciados para o voto contrário à denúncia da PGR, mas com muitos outros integrantes do "centrão" Temer negociou pessoalmente a liberação de emendas ao Orçamento Geral da União.
Só os deputados da CCJ levaram 15 bilhões de reais, segundo o insuspeito (nesse caso) jornal 'O Globo'.
Nesse mesmo intuito, Temer se recusa a demitir ministros do PSDB em represália às dissidências tucanas.
Entretanto, concomitantemente, a situação continuará se agravando, não se devendo descartar, inclusive, uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente ilegítimo.
Demais, a insatisfação popular continuará se avolumando de modo não necessariamente barulhento, tal como fogo de monturo.
As ruas devem aguardar novas manifestações de protesto futuras, para além dos movimentos sociais organizados. É questão de tempo.
E não apenas da parte dos partidos oposicionistas, das organizações sindicais e populares, mas igualmente de diversos setores — do mundo da ciência, da cultura e da intelectualidade, segmentos religiosos e outros — haverão de avançar propostas e tratativas destinadas à construção de uma plataforma comum de superação da crise.
Que seja na dimensão de uma ampla frente política e social, pois estão em causa a soberania nacional, a engenharia e a produção científica brasileiras, o restabelecimento da ordem democrática, a defesa e a restauração de direitos fundamentais do povo.
No Brasil de hoje tudo é instável e imprevisível, porém quem sabe venhamos a colher boas flores vicejadas nesse período de recesso.
Começa o recesso parlamentar. Quase um mês de calmaria? Certamente não. A crise segue e a tormenta de Temer também.
Em cenário político convulsivo, como o de agora, nunca as férias parlamentares do meio do ano contribuíram para esfriar ânimos e amainar contradições. Muito ao contrário.
Começa que os parlamentares estarão em contato mais direto com as suas bases. Provavelmente sob pressão, em razão do agravamento das consequências sociais da crise.
Daí porque Michel Temer e seu grupo preferiam que a votação em plenário da autorização para processar o presidente acontecesse logo agora.
Também por essa razão não apenas com os deputados integrantes da Comissão de Constituição e Justiça, aliciados para o voto contrário à denúncia da PGR, mas com muitos outros integrantes do "centrão" Temer negociou pessoalmente a liberação de emendas ao Orçamento Geral da União.
Só os deputados da CCJ levaram 15 bilhões de reais, segundo o insuspeito (nesse caso) jornal 'O Globo'.
Nesse mesmo intuito, Temer se recusa a demitir ministros do PSDB em represália às dissidências tucanas.
Entretanto, concomitantemente, a situação continuará se agravando, não se devendo descartar, inclusive, uma nova denúncia da Procuradoria Geral da República contra o presidente ilegítimo.
Demais, a insatisfação popular continuará se avolumando de modo não necessariamente barulhento, tal como fogo de monturo.
As ruas devem aguardar novas manifestações de protesto futuras, para além dos movimentos sociais organizados. É questão de tempo.
E não apenas da parte dos partidos oposicionistas, das organizações sindicais e populares, mas igualmente de diversos setores — do mundo da ciência, da cultura e da intelectualidade, segmentos religiosos e outros — haverão de avançar propostas e tratativas destinadas à construção de uma plataforma comum de superação da crise.
Que seja na dimensão de uma ampla frente política e social, pois estão em causa a soberania nacional, a engenharia e a produção científica brasileiras, o restabelecimento da ordem democrática, a defesa e a restauração de direitos fundamentais do povo.
No Brasil de hoje tudo é instável e imprevisível, porém quem sabe venhamos a colher boas flores vicejadas nesse período de recesso.
Leia mais sobre temas da
atualidade: http://migre.me/kMGFD
Nenhum comentário:
Postar um comentário