O
ódio solto na jaula
Eduardo Bomfim
O nazismo alcançou o auge, na época de
Adolf Hitler na Alemanha, com base em conceitos sobre o mundo absolutamente
delirantes. Em Mein Kampf, Minha Vida em português, o líder nazista resolveu
considerar que a derrocada econômica e financeira alemã devia-se a uma série de
elementos descritos em seu livro.
É uma obra de apologia à pretensa “raça ariana”, uma enxurrada de responsáveis, e culpados, por ela não alcançar o papel de liderança mundial, porque era uma ‘Raça Superior” destinada a não apenas submeter os demais povos, mas a escravizá-los sob todas as formas, inclusive pelas armas.
O terrorista supremacista neozelandês que assassinou recentemente dezenas de pessoas, afirmou em manifesto que os dois maiores inimigos da raça branca “ariana” eram, literalmente: o Brasil e os Estados Unidos, porque são exemplos de nações misturadas, e o Brasil ainda mais pela sua mestiçagem.
O nazismo surgiu na verdade em decorrência de uma brutal debacle financeira mundial, e na Alemanha essa crise agravou-se como resultante dos tributos de guerra a serem pagos, em decorrência da derrota na Primeira Guerra Mundial.
Churchill, líder britânico contra o nazismo, disse que, em parte, o surgimento dessa besta fera deveu-se aos ressarcimentos cobrados pelos aliados contra a Alemanha. Chegou a falar que: nós ajudamos a criar esse monstro, referindo-se às nações líderes vitoriosas na Grande Guerra.
Ao contrário do que afirma o presidente Jair Bolsonaro, o nazismo não é de esquerda. Nem de centro, democrata liberal, conservador ou mesmo uma direita do tipo esclarecida que sempre existiu, como na própria Inglaterra.
O nazismo é consequência de vários fatores, sendo um dos principais a crise econômica e o desespero social.
Ele é típico, assim como uma planta venenosa, dos Países do primeiríssimo mundo, embora algumas mudas possam vicejar nos trópicos, mas nunca com a capacidade letal que acontece entre as nações que se arvoram falsamente em possuir raças não misturadas.
Para justificar um certo Destino de Superioridade, os nazistas constroem uma série de mitos como a raça pura, uma profusão de vitimizações, e os seus responsáveis, por não atingir seus objetivos purificadores que escondem interesses expansionistas e econômicos.
É a intolerância em estado bruto. Por isso justifica-se a perseguição aos “não puros”, às minorias sexuais, democratas, artistas, intelectuais, comunistas, nacionalistas que ousarem defender a pátria contra o seu avanço.
O nazismo é a criminalização total do “outro”. É a “razão de existir” onde já não há mais razões. É o limbo, o ódio solto da jaula, uma alcateia de lobos hidrófobos.
Como a humanidade nunca foi perfeita, o nazismo é a soma, diria Nelson Rodrigues, de todos os demônios interiores que habitam a raça humana, juntos e de uma só vez, potencializados com fortes catalisadores ideológicos.
No mundo, e no País, assistimos a fenômenos assemelhados ao nazismo, mas não exatamente idênticos. Eles proliferam nas pautas das grandes mídias e redes sociais. Incentivados pelo capital rentista.
Está certo o Historiador camaronês Achille Mbembe, ao afirmar que o grande confronto na primeira metade do século XXI não será entre religiões e civilizações, como tentam nos fazer crer, mas entre a via democrática, as nações, versus o capitalismo financeiro global. É também o caso do Brasil.
É uma obra de apologia à pretensa “raça ariana”, uma enxurrada de responsáveis, e culpados, por ela não alcançar o papel de liderança mundial, porque era uma ‘Raça Superior” destinada a não apenas submeter os demais povos, mas a escravizá-los sob todas as formas, inclusive pelas armas.
O terrorista supremacista neozelandês que assassinou recentemente dezenas de pessoas, afirmou em manifesto que os dois maiores inimigos da raça branca “ariana” eram, literalmente: o Brasil e os Estados Unidos, porque são exemplos de nações misturadas, e o Brasil ainda mais pela sua mestiçagem.
O nazismo surgiu na verdade em decorrência de uma brutal debacle financeira mundial, e na Alemanha essa crise agravou-se como resultante dos tributos de guerra a serem pagos, em decorrência da derrota na Primeira Guerra Mundial.
Churchill, líder britânico contra o nazismo, disse que, em parte, o surgimento dessa besta fera deveu-se aos ressarcimentos cobrados pelos aliados contra a Alemanha. Chegou a falar que: nós ajudamos a criar esse monstro, referindo-se às nações líderes vitoriosas na Grande Guerra.
Ao contrário do que afirma o presidente Jair Bolsonaro, o nazismo não é de esquerda. Nem de centro, democrata liberal, conservador ou mesmo uma direita do tipo esclarecida que sempre existiu, como na própria Inglaterra.
O nazismo é consequência de vários fatores, sendo um dos principais a crise econômica e o desespero social.
Ele é típico, assim como uma planta venenosa, dos Países do primeiríssimo mundo, embora algumas mudas possam vicejar nos trópicos, mas nunca com a capacidade letal que acontece entre as nações que se arvoram falsamente em possuir raças não misturadas.
Para justificar um certo Destino de Superioridade, os nazistas constroem uma série de mitos como a raça pura, uma profusão de vitimizações, e os seus responsáveis, por não atingir seus objetivos purificadores que escondem interesses expansionistas e econômicos.
É a intolerância em estado bruto. Por isso justifica-se a perseguição aos “não puros”, às minorias sexuais, democratas, artistas, intelectuais, comunistas, nacionalistas que ousarem defender a pátria contra o seu avanço.
O nazismo é a criminalização total do “outro”. É a “razão de existir” onde já não há mais razões. É o limbo, o ódio solto da jaula, uma alcateia de lobos hidrófobos.
Como a humanidade nunca foi perfeita, o nazismo é a soma, diria Nelson Rodrigues, de todos os demônios interiores que habitam a raça humana, juntos e de uma só vez, potencializados com fortes catalisadores ideológicos.
No mundo, e no País, assistimos a fenômenos assemelhados ao nazismo, mas não exatamente idênticos. Eles proliferam nas pautas das grandes mídias e redes sociais. Incentivados pelo capital rentista.
Está certo o Historiador camaronês Achille Mbembe, ao afirmar que o grande confronto na primeira metade do século XXI não será entre religiões e civilizações, como tentam nos fazer crer, mas entre a via democrática, as nações, versus o capitalismo financeiro global. É também o caso do Brasil.
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