O BRICS China 2022 alivia
preocupações com a paz e o desenvolvimento mundiais
Yan Yuqing*, no Blog do Renato
Na situação internacional atual, entrelaçam-se os impactos das grandes
mudanças e a pandemia nunca vistos em um século. A recuperação económica está
frágil e fraca, e a diferença de desenvolvimento se amplia. Registram-se mais
fatores de instabilidade, incerteza e insegurança. Tudo causa desafios severos
para a paz e o desenvolvimento do mundo. Neste contexto, realizou-se a Reunião
de Chanceleres do BRICS no dia 19 de maio, lançando a Declaração Conjunta sobre
o tema: “Fortalecer a Solidariedade e a Cooperação do BRICS; Responder às novas
Características e Desafios da Situação Internacional”, o que se trata dum
“comprimido de palpitação” para a paz e o desenvolvimento mundiais.
Como representantes de mercados emergentes e países em desenvolvimento,
os países do BRICS representam 42% da população e 23% do PIB do mundo, sendo
forças importantes que não podem ser ignoradas na comunidade internacional.
Portanto, as reuniões do BRICS chamam a atenção do mundo todos os anos.
A China mais uma vez assumiu a presidência rotativa do BRICS após cinco
anos, enviando uma forte mensagem de solidariedade e cooperação ao mundo. O
Presidente da China, Xi Jinping, indicou na abertura da Reunião de Chanceleres
e no Fórum do BRICS o caminho da organização em perspectiva da segurança e do
desenvolvimento: Os países do BRICS precisam reforçar a confiança mútua
política e a cooperação em segurança, manter comunicação e coordenação
estreitas sobre os grandes assuntos internacionais e regionais, acomodar os
interesses fundamentais e as grandes preocupações de cada um, respeitar
mutuamente a soberania, a segurança e os interesses de desenvolvimento de cada
um, rejeitar a hegemonia e a política de poder, dizer não à mentalidade de
Guerra Fria e confronto entre blocos, e trabalhar juntos para formar uma
comunidade com segurança para todos. Os países do BRICS precisam acelerar a
implementação da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável, construindo juntos
uma comunidade de desenvolvimento global. Os países do BRICS precisam
intensificar intercâmbios e diálogos com mais mercados emergentes e países em
desenvolvimento. Juntos, podem fazer crescer a cooperação, unir mais forças de
progresso e contribuir ainda mais para a promissora perspectiva de formação da
Comunidade com Futuro Compartilhado para a Humanidade.
Ao mesmo tempo, a situação global do COVID-19 ainda está grave e está
num momento crítico a luta internacional contra a pandemia. A este respeito,
Wang Yi, conselheiro de Estado e ministro das Relações Exteriores chinês,
afirmou na Reunião de Chanceleres do BRICS que, a China continuará a aderir à
política geral de “Zero Dinâmico”, bloqueando a propagação da pandemia o mais
rápido possível com o menor custo, protegendo ao máximo a vida e a saúde do
povo, e minimizando o impacto da pandemia na economia e na sociedade, de modo a
contribuir mais esforços para que o mundo derrote a pandemia o mais cedo
possível. Os países do BRICS precisam aproveitar suas respectivas vantagens,
promover conjuntamente o desenvolvimento da governança global da saúde numa
direção que seja benéfica para os países em desenvolvimento, e acelerar a
construção de uma comunidade de saúde humana.
Vemos que estão surgindo os desafios globais um após o outro. Vários “pequenos blocos” impactaram seriamente a atual ordem internacional e exacerbaram o déficit da governança global. Para tanto, os ministros reiteraram a defesa firme do sistema internacional com o papel central das Nações Unidas e a ordem internacional baseada no direito internacional. A Declaração Conjunta também manifestou o reforço e aprimoramento da governança global, tornando as instituições de governança global mais inclusivas, representativas e democráticas e de facilitar uma maior participação dos mercados emergentes e países em desenvolvimento no processo global de tomada de decisão.
O BRICS entrou no horário da China. O país tem a confiança e a capacidade de sediar com sucesso a série de atividades, e de fortalecer a união e as cooperações dos países membros, incluindo o Brasil, a fim de responder de mãos dadas às novas características e desafios da situação internacional. Além disso, a China está disposta a trabalhar com outros países do mundo, incluindo os do BRICS, para promover conjuntamente a democratização das relações internacionais, a universalização dos benefícios da economia mundial, e a racionalização da governança global, criando perspectivas risonhas e um futuro brilhante.
*Cônsul Geral da
China no Recife
O fato e a ideia https://bit.ly/3n47CDe
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