O desafio da
adaptação climática
Cida Pedrosa*
Hoje, vamos tratar de
uma questão que afeta a todos nós e demanda nossa atenção e ação imediata: a
adaptação climática. Estamos vivendo um momento crucial da história, em que as
mudanças climáticas estão se manifestando de forma cada vez mais intensa e ameaçadora.
Como moradores, não podemos mais ignorar os sinais claros e preocupantes que o
clima nos envia.
O Recife, conhecido
por sua rica cultura, belezas naturais e seu povo acolhedor, está enfrentando
desafios sem precedentes em relação ao clima. O aumento da frequência e
intensidade de eventos climáticos extremos, como chuvas intensas e inundações,
tem afetado nossa infraestrutura, comprometendo a segurança e o bem-estar de
nossas cidadãs e cidadãos.
No entanto, não
podemos nos render ao desespero! Devemos agir com determinação e tomar medidas
concretas para nos adaptarmos a essas mudanças. Estamos hoje aqui para promover
o diálogo entre a Prefeitura a Câmara de Vereadores, através desta importante
Frente Parlamentar e a Sociedade para desenvolver estratégias eficazes que
protejam nossa cidade e nossas comunidades.
Em primeiro lugar,
devemos reforçar a necessidade de investimos em infraestrutura resiliente,
preferencialmente com soluções baseadas na natureza. Isso significa fortalecer
nossas estruturas de drenagem, melhorar a gestão de resíduos e redes de esgoto,
implementar medidas de controle de enchentes, sempre próximo dos sistemas
naturais e protegendo nossa mata ciliar e áreas permeáveis. Para isso, devemos
incentivar o uso de tecnologias inovadoras, como manutenção das áreas verdes,
jardins de chuva e telhados verdes, para ajudar na absorção de água e reduzir
os riscos de inundação.
A adaptação climática
é um desafio complexo, precisamos agir agora, não só em benefício das gerações
futuras, mas também pelo bem-estar das pessoas que vivem hoje em nossa cidade.
Sabemos que estes
impactos atingem de forma diferente determinadas regiões da cidade, os mais
vulneráveis sofrem com maior intensidade, por isso é urgente a justiça
climática. Investir nas áreas mais vulneráveis da cidade como nossas favelas,
Comunidades de Interesse Social (CIS) e as Zonas de Interesse Social (ZEIS) é
condição primária para a justiça social e climática.
Medidas de prevenção
e preparação estão em andamento na Cidade, foi conquistado um montante de R$ 2
bilhões através de convênio com o BID. Contudo, precisamos conhecer a aplicação
destes recursos e as ações imediatas e as que já aconteceram ou estão em
andamento.
Por isso, perguntamos
a EMLURB, quais medidas foram tomadas para preparar a cidade para o inverno,
como a manutenção e limpeza de sistemas de drenagem para evitar inundações, a
poda de árvores para prevenir quedas de galhos durante tempestades. Como a URB
vem coordenando as obras de contenção de encostas para evitar deslizamentos,
entre outras ações específicas relacionadas ao clima e infraestrutura da
cidade.
A Defesa Civil, como
órgão responsável por coordenar e executar ações de resposta rápida a
emergências e desastres naturais. Como está pensado a implementação do Plano de
Contingência para o período chuvoso?
Por fim, como a
Secretaria de Direitos Humanos está preparada para o acolhimento às famílias
atingidas pelas chuvas? Incluindo a disponibilidade de abrigos temporários, a
mobilização de equipes de apoio psicossocial, a disponibilização de recursos
básicos como alimentação, água e itens de higiene, e a garantia do respeito aos
direitos humanos das pessoas afetadas.
*Breve intervenção na
abertura de sessão da Frente Parlamentar pelo Clima, na Câmara Municipal do
Recife
Vereadora pelo PCdoB no Recife
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