Vade retro, moeda digital!
Luciano Siqueira
Leio agora n’O Globo: “O Banco Central informou hoje que as soluções tecnológicas testadas para garantir privacidade nas futuras transações do Drex, a CBDC (Moeda Digital do Banco Central, na sigla em inglês) brasileira, não foram bem-sucedidas até o momento.”
Mais adiante, a matéria sugere que em breve teremos essa moeda digital está em plena uso.
E com toda segurança.
Para mim, não. Pois para além dos rigores tecnológicos e jurídicos na proteção dos usuários da tal moeda, está e sempre estarás minha absoluta inabilidade - e insegurança - nessa matéria.
Creio até que tenho regredido.
Ultimamente, tenho recorrido com fraquência aos netos ou às filhas ou aos genros quando faço operações que antes considerava simplíssimas, como adquirir passagens de avião, fazer reservas em hotel e mesmo resgatar a segunda via de uma fatura ainda não paga.
Temo um clique fora de lugar ou uma interpretação errônea de algum comando.
Então, louvo os esforços do Banco Central do Brasil, essa instituição hoje tão independente do governo quanto comprometida com o rentismo daqui e de fora, no arfã de introduzir essa tal moeda digital, Drex.
Mas vou logo avisando: estou fora!
O que, na verdade, importa nada nem interessa a ninguém além de mim mesmo, em minha condição de cidadão do século XX ainda sobrevivendo neste conturbado XXI, na condição de bravo resistente a transações financeiras de muitos apelos e resultados duvidosos.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2014/01/uma-cronica-para-descontrair_13.h
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