Posturas diametralmente opostas
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
O chamado tarifaço desferido pelo presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, em relação às importações de produtos brasileiros define, como se tem visto, uma alteração no quadro político.
Isto no sentido de que, além dos prejuízos econômicos para determinados
setores do agronegócio exportador e da indústria, deu ao governo oportuno
protagonismo.
Grupos econômicos abertamente oposicionistas terminaram se rendendo à
postura altiva e hábil do presidente Lula.
Pouco a pouco, a voz de bolsonaristas empedernidos se mostrou
inconsequente, e até ridícula, em contraste com o discurso governista
esclarecedor e propositivo.
Na cena política geral, como se tem visto, o tarifaço deu azo a que o
próprio presidente Lula erguesse a bandeira da soberania nacional e a
traduzisse, inclusive, na busca hábil de diálogo com o governo
norte-americano.
Entrementes, bolsonaristas e aliados mais próximos torciam abertamente
para que as portas da Casa Branca permanecessem fechadas, mesmo com evidentes
prejuízos de parcela de sua base empresarial.
Torciam e ainda torcem contra o Brasil na tentativa de enfraquecer o
governo.
Tão logo aconteceu o diálogo amistoso entre Lula e Trump, a bateria
bolsonarista nas redes sociais reagiu com toda sorte de argumentos precários no
sentido de que nada aconteceria a partir de então — incluindo o fato de que o
principal negociador norte-americano é o secretário de Estado Marco Rubio,
suposto interlocutor do futuro ex-deputado filho do ex-presidente auto exilado
nos Estados Unidos.
Entretanto, as negociações se iniciaram de fato. O próprio Trump
verbalizou elogios ao presidente Lula e o interesse em firmar um acordo.
Duas evidências: Lula passou à ofensiva e, segundo algumas pesquisas
recentes, amplia conceito positivo junto à população; enquanto a extrema
direita, desnorteada, exibe fraturas e evidentes sinais de enfraquecimento.
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