Alguns analistas se apressam em fazer comparações indevidas entre o slogan “Lula de novo, com a força do povo”, adotado pela campanha do presidente à reeleição, com episódios de nossa História. A intenção, como registra matéria na Folha de São Paulo, é demonstrar que essa “é uma sentença repisada na mitologia política brasileira”. São citados Vargas, Jânio, Collor (sic). Mas em nenhum instante se considera a natureza das forças políticas que constituem o núcleo dirigente do atual governo (o PT, em íntima associação com o PCdoB), que pela primeira vez primeira vez assumem as rédeas da nação, ainda que mediante composição ampla, de centro-esquerda. Em outras palavras: ficam, os analistas, nas aparências, abstraem, talvez intencionalmente, a verdadeira essência. O que nos faz lembrar Karl Marx: se a essência fosse igual à aparência, não haveria necessidade da ciência. |
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03 julho 2006
Aparência e essência
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