Foto TUCA SIQUEIRA Na agenda, uma seqüência de inaugurações de comitês de candidatos a deputado. Em geral, em clima de festa. Você encontra as pessoas reunidas em torno de mesas, bebericando, a conversa fluindo solta. Aí o locutor chama os candidatos para um tablado e pede a atenção para os oradores que, a partir daquele instante, farão seus “pronunciamentos”. Um horror. Que dizer? No máximo, boas referências ao candidato, um ou outro argumento acerca da expectativa de vitória. Só. Pois discurso que é bom – ensinava Miguel Arraes – tem que provocar na platéia meneios de cabeça em sinal de concordância. “Se ninguém fizer isso, mude o roteiro ou acabe logo. Pois é sinal de que ninguém está entendendo ou gostando.” Mas ocorre que, numa festa, poucos querem ouvir discursos mesmo, o pessoal quer é confraternizar. Pois contem com a colaboração desse amigo aqui. Nada de discurso, apenas uma breve e bem-humorada saudação. Só. E vamos à luta. |
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
18 julho 2006
O discurso e a festa
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2 comentários:
De fato, você é sensível ao que os olhos não vêem. Entretanto Luciano, ouvir você falar é um bálsamo! Um abraço.
Grato pelo comentário positivo (e tão generoso!). Por que não se identificou?
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