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02 outubro 2006
Três importantes desafios
Num cenário tão acirrado, alguns desafios estão colocados. Em primeiro lugar, é preciso polarizar ainda a disputa, politizando a sociedade. É preciso mostrar, inclusive para as camadas médias, que a vitória de Geraldo Alckmin significaria uma revanche das forças neoliberais e de direita. Que isto representaria a retomada das privatização, o corte dos investimentos públicos nas áreas sociais, o fim do processo da integração latino-americana e a retomada da Alca, a criminalização dos movimentos sociais. É preciso apostar na politização da sociedade.
Em segundo lugar, é preciso ampliar as alianças e somar todas as forças realmente patrióticas, democráticas e de esquerda. Que realmente for de esquerda não ficará passivo com o risco da revanche neoliberal, com o perigo da criminalização dos movimentos sociais, das privatizações e da Alca. Agora é a hora de unir todas as forças para barrar o retrocesso da direita neoliberal. Alckmin representa a direita mais retrograda e autoritária, representa setores ultraliberais que estão excitados com a possibilidade de retornar ao governo central. Ninguém pode se omitir nesta hora decisiva. As divergências devem ser deixadas de lado para derrotar o inimigo maior.
Em terceiro, e isto é fundamental, é preciso colocar toda a militância nas ruas nestes 30 dias. Será necessário um grande mutirão para explicar o que está em jogo nas eleições, para mostrar os riscos do retrocesso. A batalha principal é pela derrota do direitista Alckmin, como a reeleição do presidente Lula. Agora é que se mede quem realmente é consciente e engajado, quem pensa no futuro do Brasil. Ninguém pode esmorecer ou se omitir. A militância terá muito trabalho nos próximos dias. Ela será decisiva para garantir a vitória das forças populares e democráticas. É preciso organizar um grande ato de todos os movimentos sociais, intelectuais e artistas que sabem o perigo que representa a vitória do candidato do Opus Dei.
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