20 março 2007

Bom dia, Sérgio Augusto da Silveira


E agora?

Um dia você foi dormir
Embalado pelas certezas
Na cama absoluta da lógica
Irrefutável,
destruidora daquela ordem que
Oprime, canta e castra.

Um dia você já tinha esquecido o
José de Drummond,
Tão velho no passado,
Pensado e abandonado no acostamento
dos anos setenta, oityenta,
Nos ventos do mundo que consolavam,
Esqueciam, liberavam,
cicatrizavam e preparavam para
Novos atos na paz da
Nova cidadeArmada com velhos e novos tijolos.

Um dia você confundiu,
Emaranhou-se nas teias da
Aranha caranguejeira,
Nas negaças dos que você esperava
Serem iluminados como José.
E um dia você acordou
Na cama desmontável da
Ordem cantada,
Na pior das horas,
A de agora.

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