Final
Matilde, anos ou dias
febris, adormecidos,
aqui e ali,
cravando,
rompendo o espinhaço,
sangrando sangue verdadeiro,
despertando talvez,
ou perdido, dormido:
camas clínicas, janelas estrangeiras,
vestidos brancos das irmãs caladas,
torpitude nos pés.
Depois essas viagens
e de novo o meu mar:
tua cabeça à cabeceira,
tuas mãos voadoras
na luz, em minha luz,
e sobre a minha terra.
Foi tão belo viver
quando vivias!
O mundo é mais azul e mais terrestre
de noite, quando eu durmo,
enorme, em tuas pequeninas mãos.
Tradução: Anderson Braga Horta
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