Gazeta Mercantil:
. As deficientes estradas brasileiras geraram aumento de R$ 800 milhões nos gastos com manutenção e combustível em 2006 para um grupo de 149 empresas dos segmentos de varejo, atacado, agronegócio, automotivo, vestuário, calçado, farmacêutico, eletroeletrônico e máquinas e equipamentos. Isso foi detectado numa pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC), divulgada com exclusividade por este jornal. Seriam necessários R$ 5 bilhões para colocar as rodovias em bom estado, diz Paulo Resende, coordenador da pesquisa.
. O estudo, feito nos últimos cinco anos, registra aumentos médios anuais de 4% nos custos operacionais de caminhões. Isso reforça pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), que mostra a deterioração das condições das rodovias. A última sondagem identificou que, no quesito de conservação, 75% das estradas tinham situação ruim, péssima e deficiente.
. "Com estradas ruins, a velocidade dos caminhões cai 10% e o consumo de combustível cresce 5%. Isso afeta a produtividade", diz Claudio Adamucho, presidente do G10, grupo de Maringá (PR) com frota de 500 caminhões pesados. Em conseqüência das deficientes estradas, o custo de manutenção de cada caminhão sobe para R$ 2 mil por mês. "Em condições normais esse gasto não ultrapassaria R$ 800", completa. A quebra dos veículos, ocasionada pelas estradas, também tira o veículo de circulação, afirma Antonio Caetano Pinto, presidente da Transportadora Grande ABC.
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