Gazeta Mercantil:
Investimentos devem sustentar PIB forte
. Que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceria 0,8% no segundo trimestre de 2007 sobre o primeiro, ou 5,4% sobre o mesmo período de 2006, o mercado esperava. Mas o salto de 3,2% nos investimentos, em relação ao período imediatamente anterior, foi o destaque comemorado com a divulgação, ontem, do desempenho do PIB no segundo trimestre, o melhor desde 2004. A decepção foi com a agropecuária, que cresceu 1,4% no semestre, pior resultado entre os segmentos pesquisados.
. Para o IBGE, os investimentos deverão sustentar um PIB tão ou mais vigoroso no segundo semestre. Alguns especialistas arriscam dizer que o Brasil crescerá acima de 5%. Nos seis primeiros meses foram 4,9%. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) prevê que o setor continuará puxando a expansão.
. "Investimentos tão elevados indicam que a economia pode continuar forte nos próximos trimestres", diz Roberto Olinto, coordenador de Contas Nacionais do IBGE. A taxa de investimento alcançou 17,7% do PIB entre abril e junho, a mais elevada da série histórica, iniciada em 2000, num segundo trimestre.
. Para 2008, no entanto, a maioria evita cravar números. Na avaliação do consultor Carlos Rocca, o crescimento dos investimentos superior ao PIB não afasta a pressão da demanda e o risco inflacionário, devido ao tempo de maturação desses investimentos. "Hoje existem pressões de preços de entressafra e outras associadas ao plano internacional. O cenário ainda não está claro." Mas o ministro da Fazenda, Guido Mantega, aproveitou os números para afirmar que não há risco de inflação.
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