12 setembro 2007

Mídia parcial


Na Carta Maior, por Flávio Aguiar:
Sai o burro, entra o palhaço
Para bater no governo Lula, não se poupam os estilos nem as referências. Quando o mote é atacar aq figura do presidente, vale tudo: se o tema é algum fracasso, provado ou não, articula-se a figura do ignorante de boa ou má fé, que nada sabe. Se o tema é o sucesso, sai o burro e entra o palhaço.
. O sucesso externo do governo Lula é evidente, assim como o da política internacional brasileira. No segundo caso, o sucesso é tanto no sentido de se colocar como liderança dos “países emergentes” (ex-terceiro mundo no tempo da Guerra Fria), como no de diversificar a pauta e os campos de exportação no Brasil. Movida mais recentemente a etanol, ambos, Lula e Itamaraty, vêm despertando a atenção mundial. Não que o tema não provoque polêmicas nem mereça esclarecimentos, notadamente sobre se não haverá perdas na produção alimentar, ou se a expansão da cultura canavieira expandirá ainda mais a iniqüidade do sistema social que o latifúndio engendrou no Brasil.
. Mas debate e polêmica são umas coisas. Do que se trata na imprensa brasileira é muitas vezes outra coisa. No caso, diante do sucesso e da importância dos contatos internacionais do presidente, sobretudo, tudo se tenta para desqualificar o sujeito desse sucesso. “Sujeito” é uma dessas palavras maravilhosas da língua portuguesa que se amoldam ao contexto com significados antagônicos. O sujeito pode se-lo de uma frase, todo poderoso a exigir a concordância do verbo. Ou pode ser o adjetivo daquele que está submetido a uma situação adversa ou constrangedora. Substantivado, esse segundo “sujeito”, sombra daquele primeiro, passa a freqüentar expressões desabonadoras como “esse sujeito”, de malquerença e maldizer. Pois é o que se faz com o presidente – de nada mais nada menos do que o Brasil, o nosso Brasil. E se tenta transforma-lo de “sujeito” de uma operação internacional de grande monta para nós e para o mundo todo, nesse “sujeitinho” que com jeito de povo vai “nos” envergonhando pelo mundo a fora.
. Leia o texto na íntegra: http://www.cartamaior.com.br/

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