Clamor popular, qual clamor?
A gente ouve, ler e, nas ruas, até que procura sinais do tal clamor. Mas não acha.
Isso não quer dizer que a população não esteja acompanhando, na medida do possível e do jeito que a própria mídia possibilita, o que acontece aqui e alhures. Quer dizer, sim, que ao invés de clamor contra o governo, há mesmo um índice altíssimo de satisfação, sobretudo por parte das camadas mais pobres, que têm melhorado de vida.
O articulista Wagner Iglecias, da Gazeta Mercantil, escreveu: “É pela fila do crediário e pelo caixa do supermercado que passa boa parte do apoio a Lula.”
A Fundação Getulio Vargas (FGV), por seu turno, divulgou que mais de 14 milhões de brasileiros deixaram a faixa considerada pobre nos últimos quatro anos, no primeiro mandato do governo Lula. A redução bateu recorde no ano passado, quando 15% dos miseráveis superaram a linha de pobreza.
Assim, fica fácil entender porque o “clamor popular” freqüenta as manchetes de primeira página, mas não chega às ruas.
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