Crise e democracia
Eduardo Bomfim, no portal Vermelho
Os fatos recentes mostram claramente o agravamento da crise capitalista internacional desta nova etapa iniciada em 2008 nos Estados Unidos, estendendo-se aos países do primeiro mundo, depois espalhando-se por todo o planeta.
A depreciação do Yuan, a moeda chinesa,
ao que parece foi instrumento de movimento ao caráter externo diante dos abalos
sistêmicos econômicos globais, e ao mesmo tempo como estratégia interna em
decorrência de inflexões nas políticas de longo prazo do crescimento econômico
da China.
De todo modo as reservas das riquezas
monetárias chinesas são gigantescas. A dimensão do seu papel na economia
global, especialmente no curso dessa crise estrutural capitalista geral,
revela-se com a repercussão internacional de seus movimentos estratégicos em
vários campos, especialmente das finanças, provocando verdadeiros cataclismos
nas principais bolsas de valores do mundo.
Diante das medidas chinesas, de defesa
e ofensiva no quadro da crise capitalista global, avulta-se o traço da debacle
das finanças capitalistas, elevam-se os elementos de decadência da Nova Ordem
mundial do modelo neoliberal imposto como sistema, doutrina econômica há mais
ou menos três décadas atrás.
A realidade vai desenhando novas e
dramáticas tensões como ações bélicas dos Estados Unidos numa tentativa de
manter a hegemonia unipolar conquistada na década de 90 passada.
A cada movimento do complexo
industrial-financeiro-militar-midiático mundial afloram cruentos conflitos num
inusitado cenário de regressão civilizacional como há muito não acontecia.
As sistemáticas ondas de refugiados que
rumam à Europa, como destino de fuga das guerras desencadeadas no Oriente
Médio, África, mas não unicamente, desnudam a tragédia humanitária, e
associadas ao desemprego em massa no velho continente, revelam uma convulsão
sem precedentes na época contemporânea.
Surgem movimentos neofascistas, usados
pelo capital financeiro em tempos de crise, açodados pelo que há de mais
obscuro nos continentes inclusive na América Latina com objetivo de sustar anseios
de progresso e liberdade dos povos.
É o caso das ações contra o Brasil, seu papel geopolítico, econômico, para impedir o protagonismo global de grande nação solidária, soberana. A resistência democrática, patriótica é tarefa da máxima urgência.
É o caso das ações contra o Brasil, seu papel geopolítico, econômico, para impedir o protagonismo global de grande nação solidária, soberana. A resistência democrática, patriótica é tarefa da máxima urgência.
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