Crônica do impasse persistente
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Tudo normal – é a impressão que
Temer quer passar ao viajar ao exterior agora, enquanto o deputado Rodrigo Maia
faz de contas que governa e o Congresso da sequência à agenda regressiva e
assim por diante.
Entrementes, vêm à tona novas escaramuças entre membros do STF (internamente dividido) e o procurador-geral da República.
O PSDB, mentor do programa de governo de Temer e principal pilar das reformas antipopulares, pela voz de dois dos seus próceres mais destacados - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin -, sinalizam o desembargue próximo do governo, dando gás a uma parcela de parlamentares tucanos que cobra da cúpula a ruptura já é a renovação do discurso da agremiação.
No campo oposicionista, o volume da pressão organizada ainda se faz algo defasado em relação à generalizada insatisfação que envolve cerca de noventa por cento da população, segundo as mais recentes pesquisas de opinião.
São componentes do impasse que perdura. E tudo leva a crer que o desenlace não se dará agora e que Temer e seu grupo palaciano, crescentemente desmoralizados, poderão ocupar o Planalto até o fim do ano vindouro, numa espécie de agonia calculada que a ninguém serve e esgarça mais ainda o tecido social e as instituições enroladas em crise.
A ninguém serve, vírgula. Não é à toa que o próprio Temer destaca a "fidelidade" do ministro Meirelles e a mídia monopolista o enaltece: é ele quem toma a iniciativa, como lídimo representante e principal operador do Mercado no governo.
Em suma, vivemos em plenitude as consequências do golpe parlamentar-judiciário-policial-midiático que derrubou a presidenta Dilma, democraticamente eleita, com a justificativa principal de que seria necessário dar um jeito na economia e retomar o crescimento do País.
A vida demonstra a dimensão dramática dessa falácia. E a nação aguarda que de atores envoltos em multifacetadas dificuldades, surja - por dentro de instituições agastadas - uma solução política viável.
A realização de eleições antecipadas, ao devolver ao povo a iniciativa através do voto, poderia oxigenar o ambiente e, via debate aberto entre diferentes alternativas, produzir algo plausível que viesse a superar ar a gravidade da crise.
Porém enquanto não se aprofundarem as fissuras na chamada base parlamentar governista, a maioria dos senadores e deputados federais persistirá tentando a todo custo impor as reformas trabalhista e previdenciária, principais sinais de sua compromisso com o Mercado, onde se instala o verdadeiro comando das operações da guerra regressiva de conquistas e de direitos e fragilização da soberania nacional.
Entrementes, vêm à tona novas escaramuças entre membros do STF (internamente dividido) e o procurador-geral da República.
O PSDB, mentor do programa de governo de Temer e principal pilar das reformas antipopulares, pela voz de dois dos seus próceres mais destacados - o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin -, sinalizam o desembargue próximo do governo, dando gás a uma parcela de parlamentares tucanos que cobra da cúpula a ruptura já é a renovação do discurso da agremiação.
No campo oposicionista, o volume da pressão organizada ainda se faz algo defasado em relação à generalizada insatisfação que envolve cerca de noventa por cento da população, segundo as mais recentes pesquisas de opinião.
São componentes do impasse que perdura. E tudo leva a crer que o desenlace não se dará agora e que Temer e seu grupo palaciano, crescentemente desmoralizados, poderão ocupar o Planalto até o fim do ano vindouro, numa espécie de agonia calculada que a ninguém serve e esgarça mais ainda o tecido social e as instituições enroladas em crise.
A ninguém serve, vírgula. Não é à toa que o próprio Temer destaca a "fidelidade" do ministro Meirelles e a mídia monopolista o enaltece: é ele quem toma a iniciativa, como lídimo representante e principal operador do Mercado no governo.
Em suma, vivemos em plenitude as consequências do golpe parlamentar-judiciário-policial-midiático que derrubou a presidenta Dilma, democraticamente eleita, com a justificativa principal de que seria necessário dar um jeito na economia e retomar o crescimento do País.
A vida demonstra a dimensão dramática dessa falácia. E a nação aguarda que de atores envoltos em multifacetadas dificuldades, surja - por dentro de instituições agastadas - uma solução política viável.
A realização de eleições antecipadas, ao devolver ao povo a iniciativa através do voto, poderia oxigenar o ambiente e, via debate aberto entre diferentes alternativas, produzir algo plausível que viesse a superar ar a gravidade da crise.
Porém enquanto não se aprofundarem as fissuras na chamada base parlamentar governista, a maioria dos senadores e deputados federais persistirá tentando a todo custo impor as reformas trabalhista e previdenciária, principais sinais de sua compromisso com o Mercado, onde se instala o verdadeiro comando das operações da guerra regressiva de conquistas e de direitos e fragilização da soberania nacional.
Ao movimento oposicionista cabe
intensificar a resistência por todos os meios possíveis e ampliar o arco de
forças envolvidos na peleja.
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