02 maio 2021

Uma crônica para descontrair

Minúsculo grão vivente

Luciano Siqueira

 

O conhecimento científico é sempre bem-vindo. Em todos os sentidos e objetos de estudo.

Hoje em dia a ciência evolui com extrema rapidez – em tempo real, como se diz na era digital.

Em medicina, por exemplo, se alguém pesquisa em sites especializados, de manhã cedo, as últimas descobertas acerca de uma determinada patologia, ao final da noite não será estranho que uma nova consulta na mesma fonte possa surpreender com algo que contrarie em parte o conhecimento antes estabelecido.

Entretanto, às vezes bate uma sensação de quase insignificância assustadora diante de notícias científicas inalcançáveis para um leigo como eu.

Como o que acabo de ler no site da BBC sobre o tamanho do Universo: “se olharmos em qualquer direção, suas regiões visíveis mais distantes estão a cerca de 46 bilhões de anos-luz de distância.”

Mas logo em seguida é dito que ninguém sabe exatamente o quão grande o Universo realmente é.

Isto porque “desde que o Universo surgiu há cerca de 13,8 bilhões de anos, ele vem se expandindo.”

Ou seja: sabe-se a data presumível do nascimento de imenso espaço palmilhado por gases e corpos celestes (se posso dizer assim), diz-se que a sua expansão é permanente, mas seu tamanho real é uma hipótese.

Sempre será, na medida em que cientistas sigam calculando o incalculável.

Confesso que não sei exatamente a serventia desse cálculo. Deve haver.

Mas cá em minha insignificância de homo sapiens vivente no planeta Terra, dou uma espiada pela janela e contemplo a parte do céu visível por entre os edifícios aglomerados aqui no bairro e me frustro por não conseguir imaginar o meu tamanho real.

Enorme sensação de impotência.

De fato, não passo de um minúsculo grão notado - e nem sempre compreendido - apenas por parte dos meus semelhantes, todos igualmente grãos ínfimos...

Uma dica de leitura para quem gosta de Ariano Suassuna https://bit.ly/3whh2hh

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