Nem sempre o smartphone é
acessível
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Nem sempre, pois frequentemente acontece comigo e com uma infinidade de
amigos e amigas que me relatam dificuldades no bom uso do celular.
Começa por uma variedade imensa de aplicativos. Alguns poucos a gente
baixa em plena consciência, muitos outros se intrometem na telinha do aparelho
sem que tenham sido convidados!
Para quem, como eu, foge de um golpe cibernético como o diabo foge da cruz, uma agonia.
É preciso ter próximo um neto ou a neta ou um militante jovem com
intimidade suficiente com as tecnologias ininterruptamente renovadas.
Mas há também casos surpreendentes.
Como o do meu amigo-irmão Roberto y Plá Trevas, engenheiro, ex-coordenador de
relações internacionais da Prefeitura do Recife (e ocupante de mais uma meia
dúzia de funções de muita importância em instituições diversas),
habituado a se comunicar em vários idiomas e a percorrer os cinco continentes
com a agilidade de quem vai ali a Caruaru e volta no mesmo dia.
Se o assunto é a geopolítica mundial, importa ouvi-lo. Captação de
recursos externos, particularidades da última galáxia recém-descoberta ou a influência da ciência e da tecnologia na capacitação de atletas
e no desenho tático dos grandes times de futebol do mundo... ele sabe e
explica.
Sempre com a perspicácia e a índole guerreira que traz no DNA,
descendente do povo da Catalunha, cujo bisavô emigrou para a Paraíba no século
XIX.
Mas eis que o multifacetado e ágil amigo me confessa a dificuldade de ouvir mensagens pelo WhatsApp no seu smartphone!
Juro que o imaginei como um Steven Jobs embaraçado ao riscar um palito de fósforo na caixinha e não produzir a chama necessária para
acender o cigarro...
Sábio e modesto, acredito que o amigo terá recorrido a alguém menos despreparado
e, enfim, aprendido a captar mensagens em viva voz.
Como se diz, vivendo e aprendendo...
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