16 março 2007

DESTAQUE DO DIA

Conselho Político não pode ser enfraquecido

Uma particularidade do segundo mandato do presidente Lula é o Conselho Político, do qual participam o próprio presidente, o vice-presidente José Alencar, ministros que cumprem papel de coordenação do governo e dirigentes dos onze partidos que compõem a base de sustentação governista.

O Conselho funciona. Invariavelmente com a presença de Lula. O que é um bom sinal nas relações do governo com os partidos.

Por isso mesmo a reunião de ontem foi ruim. Como declarou à imprensa o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, foi uma reunião ''sem pauta, sem objetivo''.

É o que não pode acontecer. Sob pena de esvaziar o Conselho.

E assuntos importantes não faltam. Como o andamento da reforma ministerial, que poderia ter entrado na pauta, dando ensejo a que o presidente se pronunciasse sobre o tema no mínimo como um gesto de atenção aos partidos que o apóiam.

De toda sorte, mesmo sem abrir o tema a debate, o presidente Lula discorreu durante trinta minutos sobre o Plano Nacional de Educação, lançado minutos antes em cerimônia no Palácio do Planalto.

Ainda que tenha um caráter meramente consultivo, o Conselho Político deve ser valorizado. Pode e deve ser instrumento de reforço da unidade da coalizão governamental.

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