27 abril 2007

DESTAQUE DO DIA

Uma questão estratégica

Suponhamos que o Brasil esteja entrando numa nova fase de crescimento econômico. E que, uma vez superados entraves macroeconômicos, esse crescimento se dê em patamares compatíveis com a demanda reprimida durante quase três décadas.

As medidas que o governo tem tomado – a exemplo do PAC – e a queda dos juros, ainda que lenta, porém tendencialmente consistente, nos levam a trabalhar com essa suposição.

Alguém tem dúvidas de que a geração de energia – insumo básico indispensável – precisa crescer substancialmente? Provavelmente não. Essa é, entre os estudiosos, uma constatação quase unânime, tirante a turma que vê em cada investimento de monta em infra-estrutura (seja qual for) uma ameaça ao equilíbrio ambiental.

Pois bem. As declarações da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, ontem, contrárias ‘a construção da Usina Nuclear Angra 3 – uma das opções, segundo o Ministério de Minas e Energia, para substituir a geração estimada em 6.450 MW de energia nas usinas de Santo Antonio e Jirau, em Rondônia, e evitar crise no abastecimento a partir de 2013 - soa destoante da linha desenvolvimentista do governo. E peca pela insensibilidade diante do valor estratégico da diversificação das fontes energéticas. Para o desenvolvimento e para a defesa do país.

Um comentário:

Anônimo disse...

Luciano: Essa cotradição na própria equipe de governo é porque falta uma diretriz única sobre o assunto, e cabe aopresidente Lula dar essa diretriz.
Henrique Luna