Crescer com ousadia
O Partido Comunista do Brasil desenvolve ampla campanha de fortalecimento de suas fileiras associada às comemorações do 85º. aniversário de sua fundação, ocorrida em 1922. Não surpreenderia se o assunto fosse restrito aos próprios comunistas – mas não é. Desperta a atenção e o interesse de democratas de distintas correntes de opinião, dada a presença saliente do partido na cena política do país.
Uma presença que, em certas circunstâncias, tem sido marcante. Como na formatação dos compromissos programáticos do presidente Lula no pleito de outubro.
Em certa medida, o primeiro governo Lula navegou, no primeiro mandato, sem um norte definido, sem nitidez programática. A despeito dos inegáveis êxitos alcançados, essa lacuna em muito contribuiu para equívocos e insuficiências. Sobretudo nos momentos críticos, quando mesmo seus apoiadores mais sinceros e conseqüentes se sentiam obrigados a fazer inúmeros reparos à rota traçada, e mesmo a combater frontalmente algumas opções equivocadas – como a reforma da previdência, que pecou pelo mérito e pela oportunidade.
No segundo mandato há certa nitidez de objetivos, consignados na proposta programática defendida pelo presidente no segundo turno do pleito de outubro, da qual se destacam como compromissos fundamentais o combate à exclusão social, à pobreza e à desigualdade; a construção do novo modelo de desenvolvimento, fundado no crescimento com distribuição de renda e sustentabilidade ambiental; a promoção de educação massiva e de qualidade; cultura, comunicação, ciência e tecnologia como instrumentos de desenvolvimento e democracia; reforma política de sentido democrático; garantia de segurança para o cidadão; inserção soberana no concerto internacional.
Coube exatamente ao PT e ao PCdoB a elaboração desse programa, a quatro mãos. Nele, estão contidos conceitos e proposições que há tempos os comunistas insistiam com os aliados petistas que deveria estar no cerne do ideário comum – como a centralidade da questão nacional.
É um programa avançado. Implementá-lo, contudo, não é nem será simples. Por razões evidentes. Crescimento econômico com distribuição de renda favorece a maioria, mas fere interesses de uma minoria habituada a usufruir da usura e da agiotagem.
Daí a necessidade de se forjar uma consciência social elevada, apoiada na compreensão da situação real, dos propósitos do governo e das motivações dos que a ele se opõem. Para tanto, os comunistas têm uma contribuição relevante a dar.
Por isso, um PCdoB forte e influente, que esclareça a população e por ela seja reconhecido, capaz de mobilizar multidões emerge como uma necessidade imperiosa. Crescer com ousadia - objeto do esforço militante dos seus filiados e da solidariedade ativa de aliados e amigos.
Um comentário:
Luciano Siqueira:
Não sou comunista, nem filiado a nenhum partido. Acompanho e admiro a caminhada do PCdoB,um partido sempre firme e coerente, bem diferente do PPS e outros parecidos. Acho que o crescimento do PCdoB é muito bom para a de ocracia e para que coisas boas aconteçam em nosso país, por isso sou solidária com o empenho de vocês para fortalecer mais ainda esse admirável partido político.
Ana Lúcia - Camaragibe
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