Dynéas Aguiar, homenagem a um dos construtores do PCdoB
Em nota, o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo comunica e presta última homenagem ao camarada Dynéas Aguiar que morreu nesta quinta-feira (13). O corpo será velado na Câmara Municipal de São Paulo (Viaduto Jacareí, 100 - Bela Vista), a partir das 8 horas desta sexta-feira (14). O enterro ocorrerá no mesmo dia, no Cemitério da Lapa (horário a confirmar). Segue abaixo a íntegra da Nota:
Consternada a direção nacional do PCdoB comunica o
falecimento de Dynéas Aguiar, ocorrida no final da tarde desta quinta-feira
(13), em Valinhos, estado de São Paulo. Já alguns dias Dynéas estava internado
numa unidade de terapia intensiva decorrente da doença que enfrentava já algum
tempo, chamada de Miastemia, onde travou uma batalha pela vida, mas
infelizmente não resistiu.
Ele morre aos 81 anos de idade, dos quais 63 dedicados ao Brasil, ao povo, à luta pelo socialismo e à construção do Partido Comunista do Brasil. Externamos nossos sentimentos aos seus filhos, à sua família.
Ano passado, no aniversário de 80 anos de Dynéas, a Comissão Política Nacional do Partido emitiu uma nota na qual homenageou sua trajetória heroica. Ele nasceu em 30 de janeiro de 1932 e ingressou no Partido Comunista muito jovem. Em 1950 começou a atuar no movimento estudantil e logo ingressou na juventude comunista. Por suas inúmeras qualidades, elegeu-se presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e depois da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Quando, na segunda metade da década de 1950, as ideias reformistas começaram a ganhar força no movimento comunista brasileiro, ele integrou a corrente revolucionária dirigida por João Amazonas, Maurício Grabois e Pedro Pomar. Não participou da Conferência de reorganização do Partido Comunista do Brasil, ocorrida em 1962. Mesmo assim, foi eleito membro suplente da nova direção nacional.
Com o golpe militar de 1964, participou da organização da resistência à ditadura e contribuiu para o êxito da 6ª Conferência do PCdoB que delineou as diretrizes dessa luta. Posteriormente, enviado ao exterior ajudou a organização amplo movimento de solidariedade ao povo brasileiro.
Com a anistia retornou ao Brasil, destacando-se como um dos principais organizadores do 6º Congresso do PCdoB em 1983. Neste período, assumiu a função de secretário nacional de Organização. Quando terminou o regime militar, o PCdoB ingressou em nova fase, se transformando numa força política influente e respeitada pelas camadas mais avançadas do povo brasileiro.
Com seu rápido crescimento, o Partido precisava formar seus militantes. Ele, então, se jogou na tarefa de organizar a Escola Nacional do PCdoB, pela qual passariam centenas de camaradas. Este trabalho intensivo de formação marxista-leninista dos quadros comunistas contribuiu em muito para o Partido enfrentar vitoriosamente a grave crise que atingiu o socialismo no triênio 1989-1991.
No início dos anos 1990, Dynéas pediu afastamento do Comitê Central. Passou então a construir o Partido na cidade paulista de Campos do Jordão. Nessa cidade, pelo respeito que adquiriu, assumiu o cargo de secretário municipal de Cultura e elegeu-se vice-prefeito.
Atualmente, ele fazia parte da direção do comitê municipal de Valinhos (SP) e integrava a equipe do Centro de Documentação e Memória (CDM) da Fundação Maurício Grabois. No último período, mesmo enfrentando graves problemas de saúde, não arredava o pé do trabalho, dando uma importante contribuição na reconstrução da história dos comunistas brasileiros da qual era personagem destacado.
Dynéas era um dos últimos remanescentes daquela plêiade de bravos camaradas que, em 1962, de maneira ousada, se colocaram na tarefa de reorganizar o Partido Comunista do Brasil. Ousadia que garantiu sua continuidade na trilha da revolução. Uma geração que atravessou décadas, a maior parte do tempo na clandestinidade, enfrentou prisões, torturas e mortes, e soube fazer triunfar a liberdade e a democracia com a qual hoje a Nação se fortalece e na qual os trabalhadores elevam sua capacidade de união e luta.
As bandeiras vermelhas da grande causa socialista inclinam-se em honra à memória deste digno e heroico combatente!
São Paulo, 13 de junho de 2013
Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil- PCdoB
Ele morre aos 81 anos de idade, dos quais 63 dedicados ao Brasil, ao povo, à luta pelo socialismo e à construção do Partido Comunista do Brasil. Externamos nossos sentimentos aos seus filhos, à sua família.
Ano passado, no aniversário de 80 anos de Dynéas, a Comissão Política Nacional do Partido emitiu uma nota na qual homenageou sua trajetória heroica. Ele nasceu em 30 de janeiro de 1932 e ingressou no Partido Comunista muito jovem. Em 1950 começou a atuar no movimento estudantil e logo ingressou na juventude comunista. Por suas inúmeras qualidades, elegeu-se presidente da União Paulista dos Estudantes Secundaristas (UPES) e depois da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES).
Quando, na segunda metade da década de 1950, as ideias reformistas começaram a ganhar força no movimento comunista brasileiro, ele integrou a corrente revolucionária dirigida por João Amazonas, Maurício Grabois e Pedro Pomar. Não participou da Conferência de reorganização do Partido Comunista do Brasil, ocorrida em 1962. Mesmo assim, foi eleito membro suplente da nova direção nacional.
Com o golpe militar de 1964, participou da organização da resistência à ditadura e contribuiu para o êxito da 6ª Conferência do PCdoB que delineou as diretrizes dessa luta. Posteriormente, enviado ao exterior ajudou a organização amplo movimento de solidariedade ao povo brasileiro.
Com a anistia retornou ao Brasil, destacando-se como um dos principais organizadores do 6º Congresso do PCdoB em 1983. Neste período, assumiu a função de secretário nacional de Organização. Quando terminou o regime militar, o PCdoB ingressou em nova fase, se transformando numa força política influente e respeitada pelas camadas mais avançadas do povo brasileiro.
Com seu rápido crescimento, o Partido precisava formar seus militantes. Ele, então, se jogou na tarefa de organizar a Escola Nacional do PCdoB, pela qual passariam centenas de camaradas. Este trabalho intensivo de formação marxista-leninista dos quadros comunistas contribuiu em muito para o Partido enfrentar vitoriosamente a grave crise que atingiu o socialismo no triênio 1989-1991.
No início dos anos 1990, Dynéas pediu afastamento do Comitê Central. Passou então a construir o Partido na cidade paulista de Campos do Jordão. Nessa cidade, pelo respeito que adquiriu, assumiu o cargo de secretário municipal de Cultura e elegeu-se vice-prefeito.
Atualmente, ele fazia parte da direção do comitê municipal de Valinhos (SP) e integrava a equipe do Centro de Documentação e Memória (CDM) da Fundação Maurício Grabois. No último período, mesmo enfrentando graves problemas de saúde, não arredava o pé do trabalho, dando uma importante contribuição na reconstrução da história dos comunistas brasileiros da qual era personagem destacado.
Dynéas era um dos últimos remanescentes daquela plêiade de bravos camaradas que, em 1962, de maneira ousada, se colocaram na tarefa de reorganizar o Partido Comunista do Brasil. Ousadia que garantiu sua continuidade na trilha da revolução. Uma geração que atravessou décadas, a maior parte do tempo na clandestinidade, enfrentou prisões, torturas e mortes, e soube fazer triunfar a liberdade e a democracia com a qual hoje a Nação se fortalece e na qual os trabalhadores elevam sua capacidade de união e luta.
As bandeiras vermelhas da grande causa socialista inclinam-se em honra à memória deste digno e heroico combatente!
São Paulo, 13 de junho de 2013
Renato Rabelo
Presidente do Partido Comunista do Brasil- PCdoB
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