Luciano Siqueira
Mao Zedong, o grande
líder da revolução popular na China, em linguagem simples e de fácil
assimilação, comparava a um pardal cego o militante incapaz de se orientar pela
linha do Partido. Isto porque - ensinava - na luta cotidiana o comunista não
pode jamais se limitar aos objetivos imediatos, desconectando-os do projeto
estratégico. Sobretudo em situações complexas, de grande efervescência e em que
se põem em causa os rumos da nação.
Caso do Brasil neste ano eleitoral de 2014. Alguns "analistas" da grande mídia dizem que, enfim, o cenário do pleito está “simplificado” - com três candidaturas presidenciais competitivas e a possibilidade de mais duas ou três de pequenas agremiações de "ultra-esquerda".
Nada mais falso. Primeiro, porque se trata de eleições gerais com centralidade na disputa presidencial - colocando a possibilidade de continuidade do ciclo de mudanças iniciado em 2003 ou de retrocesso, implicando ingentes desafios táticos.
Segundo, porque o desempenho dos partidos, situacionistas e oposicionistas, na conquista de governos estaduais, de cadeiras no Senado e na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas, definirá em grande medida a correlação de forças políticas do próximo quadriênio.
Terceiro, as alianças multifacéticas concertadas nos estados, desgarradas das composições nacionais, comportam variadas alternativas.
Demais, variáveis importantes, que costumam influenciar o ambiente eleitoral - como o desempenho da economia, o comportamento dos movimentos sociais, a guerra midiática - só se apresentarão com nitidez no curso da campanha eleitoral.
Nesse cenário, o PCdoB é chamado a testar, mais uma vez, sua linha política. Melhor dizendo, a agir conforme o seu Programa Socialista que, a um só tempo, dá conta do objetivo estratégico e orienta a conduta tática imediata. Sua essência reside no novo projeto nacional de desenvolvimento, expressão das transformações sociais e políticas mais a avançadas, factíveis na atual conjuntura mundial e nacional; caminho para acumular forças e avançar nessa direção.
A intervenção qualificada dos comunistas na costura das alianças e na campanha tem tudo a ver com a abordagem dos problemas atuais à luz do Programa partidário. Os impasses da vida nas cidades, por exemplo, não encontram solução à margem de uma reforma urbana. Assim como a crise de financiamento dos estados e municípios reclama uma reforma tributária que promova a justiça fiscal e o reequilíbrio das relações entre os três entes federativos.
O alcance dessas reformas estruturais – mais a agrária, a educacional, a dos meios de comunicação, a política e a do sistema judiciário -, consignadas no Programa do PCdoB, depende da capacidade real das forças de esquerda e progressistas impulsionarem as mudanças que se operam na última década, sob os governos Lula e Dilma.
Assim, tendo o Programa como referência, o Partido indica o rumo a seguir. O apoio à reeleição da presidenta Dilma se impõe com clareza cristalina: nem cabe aderir à dissidência do campo popular e progressista, nem perder o foco do combate às forças lideradas pelo PSDB. Mais: evitar toda forma de esquematismo no exame das situações locais, onde o comportamento das legendas partidárias em geral se mostra errátil; e em que se faz necessário estabelecer alianças que, além de reforçarem o projeto nacional, favoreçam as possibilidades de vitória dos candidatos comunistas, mormente à Câmara dos Deputados.
Caso do Brasil neste ano eleitoral de 2014. Alguns "analistas" da grande mídia dizem que, enfim, o cenário do pleito está “simplificado” - com três candidaturas presidenciais competitivas e a possibilidade de mais duas ou três de pequenas agremiações de "ultra-esquerda".
Nada mais falso. Primeiro, porque se trata de eleições gerais com centralidade na disputa presidencial - colocando a possibilidade de continuidade do ciclo de mudanças iniciado em 2003 ou de retrocesso, implicando ingentes desafios táticos.
Segundo, porque o desempenho dos partidos, situacionistas e oposicionistas, na conquista de governos estaduais, de cadeiras no Senado e na Câmara dos Deputados e nas Assembleias Legislativas, definirá em grande medida a correlação de forças políticas do próximo quadriênio.
Terceiro, as alianças multifacéticas concertadas nos estados, desgarradas das composições nacionais, comportam variadas alternativas.
Demais, variáveis importantes, que costumam influenciar o ambiente eleitoral - como o desempenho da economia, o comportamento dos movimentos sociais, a guerra midiática - só se apresentarão com nitidez no curso da campanha eleitoral.
Nesse cenário, o PCdoB é chamado a testar, mais uma vez, sua linha política. Melhor dizendo, a agir conforme o seu Programa Socialista que, a um só tempo, dá conta do objetivo estratégico e orienta a conduta tática imediata. Sua essência reside no novo projeto nacional de desenvolvimento, expressão das transformações sociais e políticas mais a avançadas, factíveis na atual conjuntura mundial e nacional; caminho para acumular forças e avançar nessa direção.
A intervenção qualificada dos comunistas na costura das alianças e na campanha tem tudo a ver com a abordagem dos problemas atuais à luz do Programa partidário. Os impasses da vida nas cidades, por exemplo, não encontram solução à margem de uma reforma urbana. Assim como a crise de financiamento dos estados e municípios reclama uma reforma tributária que promova a justiça fiscal e o reequilíbrio das relações entre os três entes federativos.
O alcance dessas reformas estruturais – mais a agrária, a educacional, a dos meios de comunicação, a política e a do sistema judiciário -, consignadas no Programa do PCdoB, depende da capacidade real das forças de esquerda e progressistas impulsionarem as mudanças que se operam na última década, sob os governos Lula e Dilma.
Assim, tendo o Programa como referência, o Partido indica o rumo a seguir. O apoio à reeleição da presidenta Dilma se impõe com clareza cristalina: nem cabe aderir à dissidência do campo popular e progressista, nem perder o foco do combate às forças lideradas pelo PSDB. Mais: evitar toda forma de esquematismo no exame das situações locais, onde o comportamento das legendas partidárias em geral se mostra errátil; e em que se faz necessário estabelecer alianças que, além de reforçarem o projeto nacional, favoreçam as possibilidades de vitória dos candidatos comunistas, mormente à Câmara dos Deputados.
Ou seja: o Programa
partidário e as diretrizes do centro dirigente nacional do Partido, o Comitê
Central, constituem o guia para a ação. Este é o diferencial do PCdoB no
amplo e diversificado espectro partidário brasileiro.
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