Aos que cuidam das bandeiras
Marcelo Mario de Melo*
Há aqueles que levantam uma bandeira
e prosseguem.
Aqueles que afrouxam as mãos
e abandonam as bandeiras no caminho.
Aqueles que rasgam queimam
renegam bandeiras e se recolhem.
Aqueles que se bandeiam
e passam a defender
bandeiras contrárias.
Aqueles que refletem
e escolhem bandeiras melhores.
Aqueles que encerram as bandeiras
em gavetas vitrines e altares.
Aqueles que colocam as bandeiras à venda.
e prosseguem.
Aqueles que afrouxam as mãos
e abandonam as bandeiras no caminho.
Aqueles que rasgam queimam
renegam bandeiras e se recolhem.
Aqueles que se bandeiam
e passam a defender
bandeiras contrárias.
Aqueles que refletem
e escolhem bandeiras melhores.
Aqueles que encerram as bandeiras
em gavetas vitrines e altares.
Aqueles que colocam as bandeiras à venda.
É triste ver bandeiras abandonadas
vendidas ou sacralizadas no céu distante.
As bandeiras não são entidades
para comércio adoração e arquivo
vendidas ou sacralizadas no céu distante.
As bandeiras não são entidades
para comércio adoração e arquivo
Expostas ao vento e ao tempo
as bandeiras são coisas simples da vida
exigem cuidado:
como uma casa
uma roupa
um filho
uma flor.
as bandeiras são coisas simples da vida
exigem cuidado:
como uma casa
uma roupa
um filho
uma flor.
*
Tomei a liberdade de ilustrar o poema com a bandeira do meu Partido, sem pedir
permissão ao companheiro-irmão Marcelo, autor do poema.
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