Ninguém é de ninguém até as Convenções
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Essa coisa de que tudo começa após o carnaval faz sentido. Pelo menos nas cidades litorâneas nordestinas. E vale para a chamada grande política, em ano de eleições gerais.
Daí a temporada das especulações não ter ainda dado lugar aos fatos reais. Ou às tratativas pra valer, no que se refere à formação dos palanques para o pleito de outubro.
Em Pernambuco, bem sabemos, há o propósito do PSB de reeleger o governador Paulo Câmara, as pretensões dos senadores Armando Monteiro (pelo PTB) e Fernando Bezerra Coelho (dissidente do PSB e talvez MDB) e indefinições em outras legendas. Ou seja, um cenário ainda em formação.
No que se refere à disputa pelas duas vagas no Senado, também há muito que conversar até uma definição.
Demais, uma zona que podemos chamar cinza, que envolve partidos situados à esquerda, que examinam o evolver da situação sem descartar alternativas.
Em tese, tudo é possível — especialmente na situação complexa que o país atravessa, tendo como uma das variáveis fundamentais o hipotético comportamento do eleitorado, hoje submetido a verdadeiro bombardeio midiático e tomado de considerável sentimento de descrença.
Outra variável, historicamente importante nos períodos pré-eleitorais, há de ser o comportamento da economia. Não será por outra razão que a propaganda oficial, capitaneada pelo próprio Temer, repete à exaustão que a estabilidade conquistada (sic) asseguraria, a partir de agora, a retomada do crescimento econômico.
Como assim, cara pálida? E os investimentos públicos em infraestrutura imprescindíveis ao alavancamento da economia?
Essa defasagem entre o que é dito e a realidade concreta, aliás, desponta como elemento essencial no debate que se travará na campanha eleitoral. Não será fácil confundir o eleitor com meias verdades.
Enquanto isso, em meio às prévias carnavalescas, todas as forças políticas se preparam na intenção de comparecerem à mesa de discussão em condições de reivindicar posição de destaque nas diversas coalizões partidárias que se formarão.
Até final de julho e começo de agosto, quando ocorrerão as Convenções partidárias, Tem muito chão ainda a ser percorrido. Bem que cabem aqui os versos da canção de muito sucesso na voz de Cauby Peixoto, há cinquenta anos atrás: "Ninguém é de ninguém/Na vida tudo passa/Ninguém é de ninguém/Até quem nos abraça".
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Essa coisa de que tudo começa após o carnaval faz sentido. Pelo menos nas cidades litorâneas nordestinas. E vale para a chamada grande política, em ano de eleições gerais.
Daí a temporada das especulações não ter ainda dado lugar aos fatos reais. Ou às tratativas pra valer, no que se refere à formação dos palanques para o pleito de outubro.
Em Pernambuco, bem sabemos, há o propósito do PSB de reeleger o governador Paulo Câmara, as pretensões dos senadores Armando Monteiro (pelo PTB) e Fernando Bezerra Coelho (dissidente do PSB e talvez MDB) e indefinições em outras legendas. Ou seja, um cenário ainda em formação.
No que se refere à disputa pelas duas vagas no Senado, também há muito que conversar até uma definição.
Demais, uma zona que podemos chamar cinza, que envolve partidos situados à esquerda, que examinam o evolver da situação sem descartar alternativas.
Em tese, tudo é possível — especialmente na situação complexa que o país atravessa, tendo como uma das variáveis fundamentais o hipotético comportamento do eleitorado, hoje submetido a verdadeiro bombardeio midiático e tomado de considerável sentimento de descrença.
Outra variável, historicamente importante nos períodos pré-eleitorais, há de ser o comportamento da economia. Não será por outra razão que a propaganda oficial, capitaneada pelo próprio Temer, repete à exaustão que a estabilidade conquistada (sic) asseguraria, a partir de agora, a retomada do crescimento econômico.
Como assim, cara pálida? E os investimentos públicos em infraestrutura imprescindíveis ao alavancamento da economia?
Essa defasagem entre o que é dito e a realidade concreta, aliás, desponta como elemento essencial no debate que se travará na campanha eleitoral. Não será fácil confundir o eleitor com meias verdades.
Enquanto isso, em meio às prévias carnavalescas, todas as forças políticas se preparam na intenção de comparecerem à mesa de discussão em condições de reivindicar posição de destaque nas diversas coalizões partidárias que se formarão.
Até final de julho e começo de agosto, quando ocorrerão as Convenções partidárias, Tem muito chão ainda a ser percorrido. Bem que cabem aqui os versos da canção de muito sucesso na voz de Cauby Peixoto, há cinquenta anos atrás: "Ninguém é de ninguém/Na vida tudo passa/Ninguém é de ninguém/Até quem nos abraça".
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