Quem representa
quem?
Luciano
Siqueira
— O bom é que nenhuma central sindical "se apropriou" do movimento dos caminhoneiros, comenta um cidadão de evidente inclinação conservadora.
Como se ajudasse à sociedade como um todo que algum segmento — de trabalhadores em particular — lute por seus interesses específicos ao largo de suas organizações corporativas.
Ou seja: ao movimento "espontâneo", tudo!
Nada mais equivocado. Os sindicatos são uma conquista secular dos trabalhadores, aqui e alhures. Acumulam experiência, habilidade e capacidade negociadora.
De outra arte, também os sindicatos patronais.
E é pela negociação entre atores reconhecidos, com ou sem a mediação do Estado, que acordos são celebrados e movimentos reivindicatórios são levados a bom termo.
No caso dos caminhoneiros, várias "entidades" sentam-se à mesa no Planalto e os próprios interlocutores governamentais põem em duvida seu grau de representatividade.
Daí à desconfiança em relação ao governo, legítima e natural por parte dos caminhoneiros rebelados, soma-se o não reconhecimento das tais "entidades".
Movimentos "espontâneos" ocorrem com alguma frequência em sociedades em crise. Porém mais eficientes são quando articulados via sindicatos e organização populares realmente representativas.
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